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Oliveira, Paula Felipe Schlemper de - UFSC

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múltiplas funções e inseparáveis dos contextos<br />

em que se <strong>de</strong>senvolvem (KLEIMAN, 2007, p. 4).<br />

Nessa perspectiva, obviamente, a ação pedagógica ganha contornos bem<br />

mais complexos, já que se propor a consi<strong>de</strong>rar o contexto implica<br />

assumir a heterogeneida<strong>de</strong> como constitutiva do processo <strong>de</strong><br />

alfabetização, o que constitui uma ruptura com o ensino da forma como<br />

é convencionalmente concebido.<br />

É importante registrarmos, no entanto, que assumir essa<br />

heterogeneida<strong>de</strong> constitutiva da esfera escolar não significa que não<br />

possamos pensar em uma organização curricular. Para Kleiman (2007),<br />

é viável que princípios gerais para a organização do currículo sejam<br />

concebidos, no entanto é preciso consi<strong>de</strong>rar que “[...] as ativida<strong>de</strong>s para<br />

seu <strong>de</strong>senvolvimento, na interação entre professor e aluno(a) e entre<br />

aluno(s) e aluno(s) envolvem tal sorte <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social e<br />

pessoal que seus resultados são imprevisíveis” (2007, p. 3). Esse<br />

currículo <strong>de</strong>ve, segundo a autora, ser dinâmico; partir da realida<strong>de</strong> local<br />

(turma-escola-comunida<strong>de</strong>); ter como princípio estruturante a prática<br />

social; ter como função orientar, organizar e registrar o trabalho do<br />

professor e não constituir os conteúdos a serem trabalhados em sala <strong>de</strong><br />

aula.<br />

Nesse sentido, segundo Kleiman (2007), são objetos/objetivos<br />

da ação pedagógica basicamente os saberes requeridos em práticas<br />

sociais letradas, tais como: conteúdos matemáticos <strong>de</strong> medição, cálculo<br />

etc.; os necessários à participação em práticas discursivas <strong>de</strong> diversos<br />

gêneros; conteúdos relativos ao domínio do código, entre outros. De<br />

acordo com a autora (2007, p. 3),<br />

[...] numa prática social, há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tudo<br />

isso e, portanto SEMPRE surge a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> o professor focalizar, <strong>de</strong> forma sistemática,<br />

algum conteúdo, ou seja, <strong>de</strong> apresentar materiais<br />

para o aluno chegar a perceber uma regularida<strong>de</strong>,<br />

praticar um procedimento, buscar uma<br />

explicação.<br />

Desse modo, “[...] as letras, as sílabas e as palavras passam a ser<br />

ensinadas a partir <strong>de</strong> elementos salientes, tanto verbais como não<br />

verbais, que se <strong>de</strong>stacam nos textos” (KLEIMAN, 2007, p. 5). Nesse<br />

ponto, a autora <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao ensino sistemático<br />

<strong>de</strong> aspectos formais da língua, como letras, sílabas etc., porém alerta

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