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Oliveira, Paula Felipe Schlemper de - UFSC

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DISCUSSÕES<br />

Tema discussão Apoio da discussão<br />

Bullyng Palestra<br />

Projovem Palestra<br />

Greve dos professores Mídia<br />

Pesca artesanal da tainha Ví<strong>de</strong>o<br />

Florestas e urbanização Textos<br />

Cida<strong>de</strong>zinha Poema<br />

Cordéis Livros/Contação/Novela<br />

Moradores <strong>de</strong> rua Mídia/Texto<br />

Autoconhecimento Letra <strong>de</strong> Música<br />

Fenômeno natural Texto/Conhecimento <strong>de</strong> mundo<br />

Persistência Texto/Relato experiências<br />

Quadro sinóptico 5: Discussões empreendidas na classe <strong>de</strong> alfabetização<br />

Fonte: Construção da autora<br />

257<br />

O fato <strong>de</strong> essa prática ser centrada na oralida<strong>de</strong>, mas estar, em<br />

alguma medida, ancorada em material escrito, constituindo, <strong>de</strong>ssa forma,<br />

evento <strong>de</strong> letramento que se institui na interface entre oralida<strong>de</strong> e escrita,<br />

havendo maior ou menor prevalência <strong>de</strong> uma ou <strong>de</strong> outra modalida<strong>de</strong>,<br />

mas consistindo em um imbricamento entre a linguagem escrita e a<br />

falada (BARTON; HAMILTON, 2000), po<strong>de</strong> ser nesses espaços uma<br />

estratégia bastante favorável no que compete ao aprendizado <strong>de</strong> forma<br />

geral e mais circunscritamente às ressignificações possíveis nesse<br />

espaço. Isso porque, o alfabetizando, como afirmam Kleiman (2001b) e<br />

Souza e Mota (2007), sofre um processo que consiste na passagem da<br />

tradição oral para o mundo da escrita. Essa prática po<strong>de</strong> ser, portanto, o<br />

ponto <strong>de</strong> convergência entre essas tradições, oral e escrita, e promover<br />

ressignificações substanciais, já que permite ao alfabetizando olhar a<br />

cultura à luz dos seus referenciais <strong>de</strong> mundo, dos seus saberes prévios e<br />

se posicionar efetivamente diante <strong>de</strong>les, já que isso se dá, nesse caso, via<br />

oralida<strong>de</strong>.<br />

Há que se ter atenção, num fazer pedagógico <strong>de</strong>sse tipo, à não<br />

hierarquização dos conhecimentos da cultura escrita em relação aos<br />

conhecimentos <strong>de</strong>sses sujeitos que se ancoram na oralida<strong>de</strong>. Tais<br />

interações po<strong>de</strong>m ressignificar ou não as expectativas quanto ao<br />

processo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja uma ação pedagógica que interme<strong>de</strong>ie a<br />

compreensão leitora e a relacione às impressões dos alunos, facultando<br />

ou não esse movimento.

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