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Oliveira, Paula Felipe Schlemper de - UFSC

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procedimento <strong>de</strong> modo a não melindrar os envolvidos, mas o<br />

enten<strong>de</strong>mos como necessário por julgarmos inviável uma discussão<br />

<strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m com um número maior <strong>de</strong> participantes no tempo <strong>de</strong> que<br />

dispúnhamos para tal. Os alfabetizandos foram cientificados <strong>de</strong>ssa<br />

necessida<strong>de</strong> no início e ao longo <strong>de</strong> todo processo.<br />

Tivemos como critérios <strong>de</strong> escolha a inserção efetiva, por parte<br />

<strong>de</strong>sses homens e mulheres, no mercado <strong>de</strong> trabalho local, pela<br />

constituição do quadro populacional e laboral específico <strong>de</strong>ssa região já<br />

<strong>de</strong>limitado anteriormente, além da a<strong>de</strong>são voluntária à pesquisa. Outro<br />

critério que consi<strong>de</strong>ramos foi a faixa etária <strong>de</strong>sses adultos. Nosso recorte<br />

tomou como participantes da pesquisa homens e mulheres com ida<strong>de</strong><br />

entre 29 e 55 anos, sendo excluídos do enfoque, assim, adolescentes<br />

que, por não conseguirem seguir o curso escolar consi<strong>de</strong>rado a<strong>de</strong>quado<br />

pela instituição, recorrem à EJA e, muitas vezes, não estão no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho efetivamente; do mesmo modo, evitamos participantes da<br />

chamada terceira ida<strong>de</strong>, que, pela condição <strong>de</strong> (proximida<strong>de</strong> da)<br />

aposentadoria, já não constituem a massa laboral <strong>de</strong>ssa comunida<strong>de</strong>. O<br />

espectro etário selecionado, em nosso entendimento, é representativo da<br />

população economicamente ativa, com expectativas <strong>de</strong> (re)inserção,<br />

ascensão ou estabilização no mercado profissional e, em tese, com<br />

constituição familiar consolidada ou em fase <strong>de</strong> consolidação.<br />

6.3 DIRETRIZES PARA A GERAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS<br />

Corroborando os pressupostos levantados por André (1995, p.<br />

29) quando afirma que na “[...] pesquisa etnográfica a ênfase é no<br />

processo, naquilo que está ocorrendo e não no produto ou nos resultados<br />

finais [...]”, buscamos observar a inserção das senhoras no programa <strong>de</strong><br />

alfabetização institucionalizado, em um foco processual, e não com<br />

vistas a diagnosticar o domínio em se tratando <strong>de</strong> conhecimentos<br />

adquiridos ao final do ciclo. Interessou, portanto, enten<strong>de</strong>r como se dá a<br />

inserção <strong>de</strong>ssas senhoras nessas classes, as motivações <strong>de</strong> que se<br />

alimentam, o que a escola significa para elas, como a escola faculta a<br />

ressignificação <strong>de</strong> suas concepções sobre conhecimento; enfim, o<br />

processo como um todo, sem, no entanto, per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a natureza<br />

pontual das questões <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Nosso enfoque <strong>de</strong> pesquisa, vale reiterar, foram os usos sociais<br />

da escrita que essas mulheres participantes do estudo empreen<strong>de</strong>m no<br />

contexto escolar e extraescolar, bem como o que as move a frequentar<br />

tais programas <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos e como tais

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