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Oliveira, Paula Felipe Schlemper de - UFSC

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controlados <strong>de</strong> maneira muito evi<strong>de</strong>nte/previsível e quando o foco da<br />

pesquisa são fenômenos atuais da vida real. Outras singularida<strong>de</strong>s acerca<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> pesquisa são a preocupação com a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> uma<br />

unida<strong>de</strong> (ANDRÉ, 1995), além da gran<strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> e da<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> um roteiro rígido que precise como<br />

<strong>de</strong>verá ocorrer a pesquisa (GIL, 1991), o que converge com concepções<br />

<strong>de</strong> Yin (2005).<br />

Ainda sobre a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> um roteiro rígido<br />

nesse tipo <strong>de</strong> pesquisa, como apontado por Yin (2005) e Gil (1991), este<br />

último autor propõe serem relativamente lineares, nesse contexto, quatro<br />

gran<strong>de</strong>s fases, das quais nos interessa particularmente a primeira <strong>de</strong>las,<br />

dado que as três últimas compõem a maior parte das pesquisas,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> sua tipificação: a <strong>de</strong>limitação da unida<strong>de</strong>-caso;<br />

geração <strong>de</strong> dados; análise e interpretação <strong>de</strong> dados e redação do<br />

relatório. Com relação à <strong>de</strong>limitação da unida<strong>de</strong>-caso, mais<br />

especificamente, Gil (1991) afirma ser difícil traçar os limites <strong>de</strong> um<br />

objeto. Esses limites são, para ele, um construto intelectual e vão sendo<br />

<strong>de</strong>finidos à medida que <strong>de</strong>terminadas nuanças são úteis à pesquisa. Já<br />

para André (1995), os limites <strong>de</strong>vem ser claros, bem <strong>de</strong>finidos, como<br />

uma pessoa, um programa, uma instituição, um grupo social. Ainda<br />

(ANDRÉ, 1995, p.31):<br />

O interesse do pesquisador ao selecionar uma<br />

<strong>de</strong>terminada unida<strong>de</strong> é compreendê-la como uma<br />

unida<strong>de</strong>. Isso não impe<strong>de</strong> que ele esteja atento ao<br />

contexto e às suas inter-relações como um todo<br />

orgânico e à sua dinâmica como um processo,<br />

uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação.<br />

Na esfera escolar, os estudos <strong>de</strong> caso etnográficos “[...]<br />

respon<strong>de</strong>m muito bem às questões sobre a relevância dos resultados da<br />

pesquisa, [...] são extremamente úteis para conhecer os problemas e<br />

ajudar a enten<strong>de</strong>r a dinâmica da prática educativa” (ANDRÉ, 1995, p.<br />

50). Focalizando, então, processos educacionais, estudos <strong>de</strong>sse tipo, em<br />

esfera escolar, prestam-se especialmente a compreen<strong>de</strong>r o processo<br />

educativo situadamente. A geração <strong>de</strong> dados nesse tipo <strong>de</strong> pesquisa,<br />

quando relacionada ao contexto educacional, <strong>de</strong>ve dar conta <strong>de</strong>, pelo<br />

menos, três dimensões do cotidiano escolar: a intersecção professoraluno-conhecimento,<br />

relações entre os agentes educacionais e os fatores<br />

socioculturais da microcultura do aluno que se relacionam à escola<br />

(ANDRÉ, 1995).

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