Cálculo Diferencial e Integral I
Esta obra intitulada CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I foi construída para ser a referência básica da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I, do Curso de Licenciatura em Matemática – Modalidade a Distância oferecido pela Universidade Federal de Viçosa. Entretanto, por conter, em detalhes, os principais tópicos da Teoria de Cálculo de funções de uma variável independente, além de algumas importantes aplicações, este texto pode ser utilizado nas disciplinas de Cálculo oferecidas para os demais Cursos de Graduação.
Esta obra intitulada CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I foi construída para ser a referência básica da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I, do Curso de Licenciatura em Matemática – Modalidade a Distância oferecido pela Universidade Federal de Viçosa. Entretanto, por conter, em detalhes, os principais tópicos da Teoria de Cálculo de funções de uma variável independente, além de algumas importantes aplicações, este texto pode ser utilizado nas disciplinas de Cálculo oferecidas para os demais Cursos de Graduação.
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5.10 Teorema Fundamental do Cálculo
O Teorema Fundamental do Cálculo estabelece uma conexão entre os dois
ramos do cálculo: o cálculo diferencial e o cálculo integral. O Cálculo Diferencial
surgiu do problema da tangente, enquanto o cálculo integral surgiu de um problema
aparentemente não relacionado, o problema da área. O Teorema Fundamental do
Cálculo dá a precisa relação inversa entre a derivada e a integral. Foram Newton e
Leibniz que exploraram essa relação e usaram-na para desenvolver o cálculo como
um método matemático sistemático. Em particular, eles viram que o Teorema
Fundamental do Cálculo os capacitou a computar áreas e integrais muito mais
facilmente, sem que fosse necessário recorrer à definição diretamente.
Teorema 1: Seja f uma função contínua em [ a,
b]
, então a função G :[ a,
b]
→ RI ,
definida por = , é derivável em e
∫
x
x
d
G ( x)
f ( t)
dt
[ a , b]
G′ ( x)
= f ( t)
dt = f ( x)
,
a
dx∫a
∀x ∈[ a,
b]
.
Demonstração: De fato, dado
x ∈[ a,
b]
, temos
x+
h
x
x
x+
h
x
G(
x + h)
− G(
x)
∫
f ( t)
dt −∫
f ( t)
dt
∫
f ( t)
dt +
∫
f ( t)
dt −∫
f ( t)
dt
a
a
a
x
a
G′ ( x)
= lim
= lim
= lim
h→0
h
h→0
h
h→0
h
=
∫ x+
f h ( t)
dt (*)
(
f ( z)
h
**)
x
= lim = lim = lim f ( z)
= f (x)
h→
0 h h→0
h h→0
(*)
f [ a , b]
[ x , x + h]
Como é contínua em , em particular o será em , então pelo Teorema 7,
existe z ∈ ( x,
x + h)
x
tal que f h t dt f z x h x f z h .
∫ +
( ) = ( )( + − ) = ( )
x
(**)
z x x + h z → x h → 0
f lim f ( z)
= f ( lim z)
= f ( x)
Além disso, como está entre e , segue que quando . Então
pela continuidade da função , temos que .
h→0
h→0
Note que se x for a ou b , considere os limites laterais adequados. Isto
completa a demonstração.
Agora, estamos em condições de estabelecer o principal teorema do cálculo
integral denominado Teorema Fundamental do Cálculo.
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