15.04.2013 Views

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

a crise habitacional nu pawgem para o capitalismo e o trabalho assalaria<strong>do</strong><br />

n90 a enas separa<strong>da</strong> <strong>do</strong>s meios de produg50, como exclui<strong>da</strong> <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de<br />

go solo urbano. Supae, ain<strong>da</strong>, que, por um con)untode razaes econ6micas,<br />

especlficamente urbanas, essa massa proletaria seja compeli<strong>da</strong> a<br />

residir numa Area determina<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de..<br />

Na cl<strong>da</strong>de escravista, a habitasso destina<strong>da</strong> ao escravo k um <strong>do</strong>s itens<br />

necesslrios h manutenglo de sua capaci<strong>da</strong>de<br />

prie<strong>da</strong>de <strong>do</strong> senhor. Nl0 possui uma casa,<br />

<strong>da</strong>de, nem de arren<strong>da</strong>mento ou posse. Para o<br />

como ro rie<strong>da</strong>de <strong>do</strong> senhor. No interlor <strong>da</strong> casa ou<br />

ritoria P ur E ana <strong>do</strong> senhor, ao escravo C destina<strong>do</strong> um<br />

e recompae suas forgas, e que figura ao la<strong>do</strong> de outras<br />

proporciona<strong>da</strong>s ara a manutengso de sua capaci<strong>da</strong>de<br />

seca e a farinha B mandioca para a alimentagzo; o teci<strong>do</strong> de algod9o grosseiro<br />

para a vestimenta. Altm de cumprir essa fungb econbmica, o alojamento<br />

<strong>do</strong> escravo C tambem um espago de recluslo, de cod -30 fisica (a<br />

forma de obteng9o <strong>do</strong> trabalho.excedente no mod0 de pro ug90 escra-<br />

vista depende de relagaes coercitivas, extra-econ6micas). J<br />

Em tese, na ci<strong>da</strong>de escravlsta, o escravo n90 gere sua vi<strong>da</strong>; n30 trabalha<br />

para a sua existencia, ,que n90 lhe pertence. Sua existCncia k proprie<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> senhor e por,ele e assepra<strong>da</strong>, mesmo que num nivel precario.<br />

0 escravo recebe em espy: os meios necesslrios para a sua manuteng90,<br />

e esta forma natural esta fixa<strong>da</strong> - tanto pel0 genero como pel0 volume<br />

- em valores de uso.<br />

A habita 90 constitui.~? desses meios de subsistencia. Nem no senti<strong>do</strong><br />

majs im. d latamente biolo i~o,! um espa o de reproduglo: a reprodug90<br />

blol6gica <strong>do</strong> escravo tam % em e geri<strong>da</strong> pe f o senhor, <strong>da</strong> mesma forma<br />

que &ere a reprodug90 de um bol ou ualquer outro animal de trabalho.<br />

Na cl<strong>da</strong>de escravista, o escravo traba a compulsoriamentej a continui-<br />

<strong>da</strong>de <strong>da</strong> relagso senhor/escravo depende <strong>da</strong> coag9o fisica direta, e a habitag90<br />

inclui-se entre as formas de coaglo exerci<strong>da</strong>s sobre o escrayo.<br />

Na ci<strong>da</strong>de capitalista, o trabalha<strong>do</strong>r assalaria<strong>do</strong> - duplamente livre<br />

econ8mica e juridicamente) - trabalha para satisfazer suas necess!<strong>da</strong>des.<br />

b trabalha<strong>do</strong>r livre k, por assim dizer, "escravo" de suas necess~<strong>da</strong>des.<br />

Para isso, necessita reiterar, cotidianamente, a ven<strong>da</strong> de sua forga de trabalho.<br />

Esse k o mecanismo econ8mico bbico o coage a trabalhar, que<br />

assegura a continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> relag90 capitalista rodug9o e a intensi<strong>da</strong>de<br />

de trabalho requeri<strong>da</strong> pel0 capital. Nessa o trabalho assalaria<strong>do</strong><br />

6 "voluntlr~o' .<br />

Fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> numa coag9o de natureza econ8mica, essa relag30 tem<br />

como ex resslo ideol6gica a conscitncia ou a ilusfo de uma determinagso<br />

pessoal F Ivre (liber<strong>da</strong>de = disponibili<strong>da</strong>de para o capital<br />

Num capitulo inkdito de 0 Cz id, intitula<strong>do</strong> "Su sung30 formal<br />

f<br />

b.<br />

<strong>do</strong> trabalho ao capital", Marx estabe ece niti<strong>da</strong>mente a diferenga entre a<br />

manuten 30 <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de trabalho <strong>do</strong> escravo e a reprodus90 <strong>da</strong> forga<br />

de trabal o <strong>do</strong> assalaria<strong>do</strong>:<br />

K<br />

I<br />

0 trabalha<strong>do</strong>r livre recebe os meios de subsistencia necessirios i reprodug50<br />

125

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!