15.04.2013 Views

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

a mmse habitacional nu passagem para o cap'tdismo e o trabak assakaria<strong>do</strong> 127<br />

sileira outras caraaeristicas estruturais, a comefar pel0 fato de que foi a<br />

transi -30 de um mod0 de produs20 escravista para o mo<strong>do</strong> de produs20<br />

capita 1 ista.<br />

Como situar a problemitica <strong>da</strong> habitas30 no process0 hist6rico concreto<br />

de formac;50 <strong>da</strong>s relas6es capitalistas na ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio. de Janeiro?<br />

As ativi<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s h circulas20 permaneceram <strong>do</strong>minantes, nIo<br />

obstante se tenham transforma<strong>do</strong> as relasbes~ociais que configuravam o<br />

universo <strong>do</strong> trabalho urbano. 0 sistema de circula~lo compreendia duas<br />

partes media<strong>da</strong>s pela ci<strong>da</strong>de: o transporte <strong>da</strong> produs20 a icola para o porto<br />

e <strong>da</strong>s merca<strong>do</strong>rias importa<strong>da</strong>s (produtos manufatura f os, pesas de reposig20,<br />

ferramentas, alimentos e trabalha<strong>do</strong>res) para as grandes proprie<strong>da</strong>des<br />

rurais.<br />

Esse "mo<strong>do</strong> de circula~20" exigia, como sabemos a mobiliza 20 de<br />

parcela gonderivel <strong>do</strong> conringente escravo <strong>da</strong> grande piantagem. <strong>do</strong> Rio<br />

de Janelro, locus <strong>da</strong> intermedias20, a forsa de trabalho escrava movimentav?<br />

o complexo portuirio (carga e descarga de navios, armazenagens),<br />

assim como a circula@o de homens e merca<strong>do</strong>rias no Smbito <strong>da</strong> pr6pria<br />

ci<strong>da</strong>de.<br />

Mesmo sem ir muito fun<strong>do</strong> na anilise <strong>da</strong>s distintas formas de escravidlo<br />

urbana, cabe destacar algumas implicasbes <strong>da</strong> distinslo entre o<br />

escravo <strong>do</strong>mbtico e o escravo de ganho e de alupel.<br />

0 escravo <strong>do</strong>mestico estava fisicamente inclui<strong>do</strong> na proprie<strong>da</strong>de urbana<br />

<strong>do</strong> senhor, onde habitava e trabalhava. Sua capaci<strong>da</strong>de de trabalho<br />

era indispensivel h manutens20 <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de <strong>do</strong>mestlea de seu senhor no<br />

context0 urbano. Nas chicaras, a execus30 <strong>do</strong>s servi~os liga<strong>do</strong>s h economia<br />

natural <strong>do</strong>mbtica - cozinhar, tecer etc. - combinava-se com a p~odu@o<br />

agricola de subsistkncia ue odia ser comercializa<strong>da</strong>, entran<strong>do</strong> assim,<br />

no circuit0 <strong>do</strong> abastecimento$e gnero? alimentares ?i ci<strong>da</strong>de. No sobra<strong>do</strong><br />

urbano, entre os trabalhos <strong>do</strong>m f- sticos incluiam-se os servisos de esgotos<br />

e igua, ain<strong>da</strong> de cariter<br />

0s escrayos de gan ~r o ivadO. configuravam uma situas2o disjinta. Milhares<br />

de homens Iivres, mais ou menos pobres ou remedia<strong>do</strong>s, viviam ?i custa<br />

<strong>da</strong> rentilizacSo de seu trabalho. Embora fossem ~ro~rie<strong>da</strong>de de um senhor<br />

(ou de' uma cama<strong>da</strong> de "pequenos senhores"), &spunham de relativa<br />

autonomia. Circulavam e trabalhavam no coracSo econdmico <strong>do</strong> Rio<br />

de Janeiro, onde se concentravam as ativi<strong>da</strong>des comerciais e portukias,<br />

as oficinas e manufatuyas. 0s negro! de ganho <strong>do</strong>minavam a paisagem <strong>da</strong>s<br />

ruas e <strong>do</strong>s lugares de circulaslo mais intensa, como vende<strong>do</strong>res ambulanritica<br />

muitas vezes articula<strong>da</strong> a uma produslo artesanal), ou alutes<br />

gan F o o uso de sua forsa de trabalho no merca<strong>do</strong> de servisos urbanos:<br />

engajavam-se nas turmas de carrega<strong>do</strong>res de caft, faziam o embarque e<br />

desembarque de merca<strong>do</strong>rias, operavam as pequenas embarcasbes ue enxameavam<br />

entre os navios e os inumeriveis tra iches e cais <strong>da</strong> or<br />

h'<br />

7 a portuiria;<br />

acorriam ao chama<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mestres- e-obras, transportavam<br />

cadeirinhas e to<strong>do</strong> tip0 de carga pelas ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de.<br />

0 preso de seu trabalho era, em Gltima anilise, determina<strong>do</strong> pela<br />

oferta e procura desses servigos. 0 escravo precisava alugar o uso de sua

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!