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Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

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tifique de Bruxelles, sobre o tema "0s portos e sua fung%o econ8mica", publica<strong>da</strong><br />

na Revue des Questions Scientifi ues, de julho de 1907. (To<strong>da</strong>s as indicagdes de pigina<br />

serlo relat~vas a essa edifloj<br />

A remodelaflo urbana coincide com a implantaglo <strong>da</strong> ener ia elktrica no Rio de Janeiro,<br />

cujo impact0 ain<strong>da</strong> nlo foi devi<strong>da</strong>mente estu<strong>da</strong><strong>do</strong>. Em junho de 1904, con)<br />

o aval de Pere~ra <strong>Passos</strong> e <strong>do</strong> governo federal, um grupo de capitalistas canadense<br />

fun<strong>do</strong>u, em Toronto, a Rio de Janeiro Light and Power. Seu representante no Brasil,<br />

Alexander Mackenzie, ji havia organiza<strong>do</strong>, em 1899, empresa congenere em Sb Paulo.<br />

Ao inaugurar o fornec~mento de energia elktrica i ci<strong>da</strong>de, em 1907, a Light unificou,<br />

sob o seu controle administrativo, as com anhias de bondes S90 Crist6vi0, Vila Isabel<br />

e Carris Urbanos, que tiveram suas lingas eletrifica<strong>da</strong>s. Em 1928, absorveu a conc<br />

d o <strong>da</strong> Gltima linha de bondes de burro, ligan<strong>do</strong> Madureira a Irajl. Nessa kpoca,<br />

ji circulavam os autdnibus <strong>da</strong> Viaiflo Excelsior, empresa cria<strong>da</strong> pela Light, que rapi<strong>da</strong>mente<br />

incorporaria a maior pane <strong>da</strong>s cornpeti<strong>do</strong>ras.<br />

0s tentlculos <strong>do</strong> "JOlvo canadense" se apoderaram tambkm <strong>da</strong>s empresas de gjr e<br />

telefonia, enfeixan o to<strong>do</strong>s os servigos v~tais que conformaram a nova fisionomia<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de nos anos que v90 de 1904 a 1930.<br />

MINIS~%RIO <strong>da</strong> IndGstria, Via~lo e Obras PGblicas. 1908.<br />

LAMAR~O, S.J. de N. 1984, p. 218-20.<br />

REIS, J. de 0. 1977, p. 129. '<br />

Sousa Rangel ewreveu uma &rie de artigos explican<strong>do</strong> as obras em curso aos<br />

"aristocrit~cos" leitores <strong>da</strong> Renascenga, revlsta mensal de letras, cikncias e artes, cujo<br />

primeiro nGmero foi publica<strong>do</strong> em marso de 1904. Edita<strong>da</strong> por E. Bevilacqua e dirigi<strong>da</strong><br />

por Rodrigo e Henrique Bernardelli, inaugurou, junto com a revista Kosn~os,<br />

langa<strong>da</strong> um pouco antes, urn novo genero de eri6dico. Con) apresentac;?io grifica<br />

primorosa, que incluia a publicaglo de fotogralas, nela escreviam os grander names<br />

<strong>do</strong> mu~r<strong>do</strong> l~terlrio e academico <strong>do</strong> Rio de Janeiro. A tBnica ideol6gica <strong>da</strong> revista,<br />

inteiramente identifica<strong>da</strong> com a cultura burguesa europkia, era o culto ao patriotismo,<br />

ao progress0 e 1 civilizasio. 0 pr6prio nome k significativo: Renascenga. No primelro<br />

nbmero, seus editores formulavam urn compromisso direto entre o "programa"<br />

<strong>da</strong> revista e as grandes obras de remodelaslo <strong>do</strong> Rio de Janeiro:<br />

0 moniento entr nb, sem divi<strong>da</strong>, assinala uma tendencia de franco renascimento<br />

estktico. h sintoma anima<strong>do</strong>r o aplauso era1 S viriu obras de transforma~lo<br />

dde nossa rincipal ci<strong>da</strong>de (...) ~e~istranto essa tendencia, Renascen~a<br />

surge mmo 6rklo8esse movimento regenera<strong>do</strong>r, oferecen<strong>do</strong> ao mesmo tempo<br />

1 literatura patria ensejo e oportuni<strong>da</strong>de de tornar conheci<strong>da</strong>s as produsdes<br />

<strong>do</strong> varia<strong>do</strong> engenho em seus benemkritos servi<strong>do</strong>res.<br />

Decreto n04.969, de 18 de setembro de 1903.<br />

RANGEL, A.A. de S. set. 1904, p. 75-80.<br />

LEEDS, A. & LEEDS, E. 1978.<br />

Sobre a inauguraqlo <strong>do</strong> eixo <strong>da</strong> aveni<strong>da</strong>, hi uma passagem interessante em 0 Bow<br />

Abaixo:<br />

Pelo sitio <strong>da</strong>s ruelas demoli<strong>da</strong>s, isan<strong>do</strong> ladrilhos, topan<strong>do</strong> em restos de ali-<br />

cerces, formigavam familias, estu<strong>da</strong>ntes e cavalheiros circunspectos, admiran<strong>do</strong><br />

a brrcha de <strong>do</strong>is quilBmetros rompi<strong>da</strong>, mar a mar, no bairro antigo.<br />

Marcan<strong>do</strong> precisamente o eixo, estendia-se uma fila de varas compri<strong>da</strong>s, liga<strong>da</strong>s por<br />

pirlan<strong>da</strong>s de folhagen~ de ca<strong>da</strong> vara pendia um ewu<strong>do</strong> corn o nome <strong>da</strong>s persona-<br />

~<strong>da</strong>des oliticas <strong>do</strong> governo e tambCm de chefes de turmas e trabalha<strong>do</strong>res subalternos.<br />

tirios coretos foram arma<strong>do</strong>s no percurso <strong>da</strong> aveni<strong>da</strong> e, na esquina <strong>da</strong> Sete<br />

de Setembro, erguera-se um circo monumental, encima<strong>do</strong> pela alegoria de um operirio<br />

agarra<strong>do</strong> ao aluvi%o. Pavilhdes estrangeiros tremulavam e a iluminasio pronietia<br />

ser fekrica.

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