15.04.2013 Views

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

espectivamente, A populayiio <strong>da</strong>s freguesias centrais diminuiu, excetuan<strong>do</strong>-<br />

-se a de Sacramento, cu~apo ula~io aumentou llOh, devi<strong>do</strong> A insta1ac;iio<br />

<strong>da</strong> col8nia siria, com mais d' e 20 mil pessoas, em 1920".<br />

Sirnultaneamente is demolic;@s no centro, verificava-se intenso movirnento<br />

de construc;aes.na penferia, tanto para os la<strong>do</strong>s de Copacabana,<br />

como para o <strong>do</strong>s subhrb~os. Registram-se vbrios conf!itos entre o govern0<br />

munic~pal e os construtores, especula<strong>do</strong>~es e ro riethios, envolven<strong>do</strong><br />

duas questaes entrel?c;a<strong>da</strong>s: os interesses frsca~s S o I! sta<strong>do</strong> e a promu1gac;iio<br />

de uma legisla~90 disciplinan<strong>do</strong> as construsties.<br />

No prelmbulo de Habita~ks populares (1905), Backheuser situava<br />

a controversia nos seguintes termos:<br />

Urgia uma solu~lo.<br />

A primeira que surge, que se aventa, que se desfral<strong>da</strong>, C a <strong>da</strong> construg50 livre,<br />

isto C, construir sem regra, para povoar, para encher de casas os lugares ermos ou<br />

nascentes, salpican<strong>do</strong>-os ao acaso com a ~mprevidencia <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>.<br />

E o caso de Copacabana. Copacabana C por ceno o mais recente bairro <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de. (...) tinha diante de si um futuro brilhante se facilmente se povoasse. E como<br />

o 6bice eram as exigtncias sanitirias <strong>da</strong> engenharia municipal, que entravava esse ripi<strong>do</strong><br />

pro redir, exigin<strong>do</strong> que to<strong>da</strong> constru~Bo obedecesse a um conjunto salutar de<br />

preceltos% igien~cos<br />

.^ . edita<strong>do</strong>s ela pritica e pela teoria, claro foi que se procurou furtar<br />

o proprietirio de copaca!ana a essas exiggncias. 0 resulta<strong>do</strong> foi o povoamento,<br />

C ver<strong>da</strong>de, mas o povoamento desordena<strong>do</strong> em que ji as ruas s3o tortas, em que ji<br />

hi at6 corti~os.<br />

Felizmente, o Sr. Dr. <strong>Pereira</strong> <strong>Passos</strong> obteve <strong>do</strong> Conselho lei proibin<strong>do</strong> esse<br />

incrivel abuso.<br />

Este foi o mod0 por que se fez o Rio, cuja reforma tanto nos esti custan<strong>do</strong>.<br />

Este C o mo<strong>do</strong> por que se v3o fazen<strong>do</strong> as ci<strong>da</strong>des por esse Brasil em fora. (...). NBo<br />

se ~recisa ir muito Ion e. Em frente a n6s, na ci<strong>da</strong>de de Niter&, d hi nove meses,<br />

gragas ao benemCrito br. Paulo Alves, ha uma regulamenta~30 de obras, prescreven<strong>do</strong><br />

regras e moldes gerais a que devem obedecer as novas construsdes e os concertos<br />

<strong>da</strong>s antigas. E contra essa salutar medi<strong>da</strong> se insurgiram os proprietirios! Isto<br />

se di en1 uma ci<strong>da</strong>de, capital de um Esta<strong>do</strong>, a vinte minutos <strong>da</strong>qui, <strong>da</strong> influgncia ouvi<strong>do</strong>reana,<br />

ci<strong>da</strong>de ue ji pensa em aveni<strong>da</strong>s i beira-mar e outros embelezamentos de<br />

rnolita. Que dizer %as muitas outras cjue se afastam ca<strong>da</strong> vez mais <strong>do</strong> Rio e, portanto,<br />

<strong>da</strong> influtncia intelectual que a metropole exerce. (...). Assim pois, retirar o cutelo<br />

<strong>do</strong>s regulamentos ou leis de obras de sobre as cabesas <strong>do</strong>s proprietirios e construtores<br />

C fazer-lhes talvez uni beneficio duvi<strong>do</strong>so, C causar por certo um prejuizo grande<br />

aos mora<strong>do</strong>res e ao progress0 futuro <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des".<br />

0s regulamentos a que se referia Backheuser foram promulga<strong>do</strong>s<br />

pelo decreto n? 391, de 10 de fevereiro de 1903, quan<strong>do</strong> o refeito dispunha<br />

de plenos poderes, com S, Conselho Municipal fecha 'f o. Reg4ava<br />

a constru@o, reconstrusiio, acrescimos e consertos de prkdios. Continha<br />

algumas medi<strong>da</strong>s novas e reatualizava muitas disposigaes promulga<strong>da</strong>s desde<br />

a dkca<strong>da</strong> de 1870, que, em sua maioria, nunca tinham sai<strong>do</strong> <strong>do</strong>.pape1.<br />

0 Capitulo I tratava <strong>do</strong> process0 <strong>da</strong>s licen~as; fazia exig2naas com<br />

relaszo ao plano completo <strong>da</strong> obra e prova de,posse <strong>do</strong> terreno. To<strong>do</strong>s<br />

os planos tinham de ser assina<strong>do</strong>s pel0 proprietario e pel0 construtor responsbvel<br />

e legalmente hab~l~ta<strong>do</strong>, ex1 encla que visava, sem dhvi<strong>da</strong>, aos<br />

mestres-de-obra portugueses, responsa \ iliza<strong>do</strong>s pela reproduc;iio <strong>da</strong> arquitetura<br />

colonial, anti-estktica, que se pretendia erradicar.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!