Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ea<strong>do</strong>res, noqean<strong>do</strong>-lhes sempre por companheiro um <strong>do</strong>s melhores <strong>da</strong> terra, e por<br />
este mo<strong>do</strong> consegui por as ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, como V. Exa. tem visto, fazerem-se mais<br />
duas fontes pibllcas, muitas pontes, consertarem os caminhos, juntar e entalharem-<br />
se infinitos.pintanos, que haviam na ci<strong>da</strong>de, origem de infinitas molkstias. Fizeram-<br />
se currais e mata<strong>do</strong>uros piblicos; esti arremata<strong>da</strong> a obra <strong>do</strong> agougue, a casa <strong>da</strong> Clmara.<br />
Abriram-se novas ruas para se fazer melhor comunicagb <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, e <strong>da</strong>qui por diante<br />
se continuarao a fazer muitos outros iteis servigos, se V. Exa. quiser tomar debaixo<br />
de sua yroteglo aquela reparticlo, e vigiar sobre ela quanto se precisa.'<br />
Assim, sob a tutela dd poder metropolitano, as melhorias urbanas<br />
eram incor ora<strong>da</strong>s A ci<strong>da</strong>de por obra comum <strong>do</strong>s grandes proprietirios<br />
rurais, or "!omens bons <strong>da</strong> terra", e <strong>do</strong>s comerciantes, ambos irmana<strong>do</strong>s<br />
pela condis9o de senhores de escravos, a duali<strong>da</strong>de bisica <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de co-<br />
- nnial - - - - - -.<br />
0 inicio <strong>do</strong> seculo XIX inaugurou uma nova etapa na formas90 <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro, com a su eras90 de seu estatuto colon~al e a<br />
conseqiiente redefiniszo de seu pape f e funsees. Em nivel mundial, transcorrialn<br />
processes de rande alcance hist6rico; a revolu@o industrial inglesa<br />
e o nascimento % e uma ~ndhstria ca itallsta sequiosa de merca<strong>do</strong>s;<br />
o desabamento <strong>do</strong>s antigos imperios co P oniais, a imposi<br />
cambismo e a destruis90 <strong>do</strong>s entraves monopilistas ?I clrcu<br />
ca<strong>do</strong>rias em Smbltp mundial; as guerras e revolu aes que<br />
Europa, quan<strong>do</strong> o Antigo Re ime, como um to d o, comesou a desabar,<br />
e a independhcia <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s bni<strong>do</strong>s, fato politico <strong>da</strong> maior importincia,<br />
tanto quanto a Revolu~9o Francesa e as guerras napoleanicas, que recolocou<br />
em quest% o <strong>do</strong>minio europeu, e particularmente britinico, sobre<br />
o Caribe e a America em seu con'unto.<br />
Corno dir Maria Yed<strong>da</strong> ~inhares:<br />
"<br />
0 dculo XIX foi, para o conjunto <strong>da</strong> Amkrica ibiiica, o <strong>do</strong> nascimento e<br />
<strong>da</strong> consoli<strong>da</strong> lo <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s nacionais. Skculo de mu<strong>da</strong>nga, sem divi<strong>da</strong>, mas, tambkm,<br />
de profonga<strong>da</strong>s ersistlncias her<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> colonial. As condicbes internacionais<br />
gue presi8ram os diversos movimentos de independlncia <strong>da</strong>s col&nias,<br />
associa<strong>da</strong>s a s~tuagbes internas especificas e diferencia<strong>da</strong>s, recriaram formas de <strong>do</strong>minag50<br />
e reforcaram o poder <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s dirigentes locais emersas <strong>do</strong> antigo refme<br />
que se pretendia abolir: os proprietirios de terra, comerciantes, dignitir~os <strong>da</strong><br />
r j a e detentores de car os piblicos. 0s elos que re reafirmam entre esses atores<br />
a vi<strong>da</strong> econ&mica, sociafe politica <strong>do</strong>s ena<strong>do</strong>s reckm-nakos e o capitalismo <strong>da</strong> re-<br />
voluc%o industrial, que se processa na Europa, sobretu<strong>do</strong> na In~laterra, numa pri-<br />
meira fase re resentam uma ruptura com o passa<strong>do</strong>, mas tambem uma articulagb<br />
rremode~a<strong>da</strong> Bo tip6 colonial?<br />
- ><br />
~ l divisor n de iguas especifico ao processo histbrico brasileiro f6i<br />
a fuga precipita<strong>da</strong> <strong>da</strong> monarquia portuguesa ara a sua colania a~nericana,<br />
quan<strong>do</strong> os ex6rcitos na olebnicos, coman<strong>da</strong> os por Junot, ~nyadlram Por-<br />
t<br />
tugal em novembro e 1807. Ao penetrarem em Lisboa, aln<strong>da</strong> se avis-<br />
tavam no horizonte as velas <strong>da</strong> esquadra que, sob a escolta inglesa,<br />
transportava para o Bras1 o principe regente D.Jo9o e to<strong>da</strong> a sua corte,<br />
constitui<strong>da</strong> de cerca de 15 mil pessoas. Em 8 de marso de 1808, desem-<br />
B