Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
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a reestrutura~a'o <strong>do</strong>s sistemas & &a e esgotos <strong>do</strong> Rio & Janeiro 67<br />
m3ode-obra, provoca<strong>do</strong>s ela transfersncia de escravos urbanos para as<br />
fazen<strong>da</strong>s de cafk <strong>do</strong> Vale f o Paraiba, bem como pel0 recrutamento macis0<br />
de negros para lutarem no Paraguai.<br />
Isso nSo si ifica que a economta "natural" <strong>da</strong> igua tenha desapareci<strong>do</strong>.<br />
Ao la<strong>do</strong> 8" o sistema de comercializas90 - que beneficiou os setores<br />
privilegia<strong>do</strong>s <strong>da</strong> opulag50 -, subsistiu, durante muito tempo, a forma de<br />
distribuisilo em \ arris - ou sua vers5o modern?: as latas de 4 a -, mobilizan<strong>do</strong><br />
nSo mais milha,res de escravos a servi~o de seus sen !? ores,<br />
rim milhares de roletarios", escravos de suas pr6prias neceai<strong>da</strong>J!'<br />
Em mea<strong>do</strong>s “i o sbculo, Miguel de Frias trouxe para a Corte o sistema<br />
de encanamento "sob press9oY'. Substituiu o velho encanamento <strong>do</strong><br />
Maracan5 pelo novo, instalou uma rede de torneiras nas es uinas <strong>da</strong>s ruas<br />
e o sistema de penas d'hpa para suprir prkdios. AS penas 8 'igua - forma<br />
de distribui@o caracteri.stica <strong>do</strong>s encanamentos sob press50 - consistiam<br />
numa fen<strong>da</strong> ue permitla a passagem de um volume fio de 4gua (entre<br />
1.200 e 1.500 9 itros dibrios), para serviso <strong>do</strong>s prkdios. N90 havia medisSo<br />
de consumo, mas um limite mkimo pr6-fixa<strong>do</strong>. Em 1860, havia jl 1.900<br />
penas d'dgua instala<strong>da</strong>s na ci<strong>da</strong>de e 670 torneiras.<br />
Como dizem Bulhaes e Reis, apesar <strong>da</strong> implantas30 desses primeiros<br />
segmentos <strong>da</strong> rede de abastecimento <strong>do</strong>miciliar:<br />
(...) poucos anos bastaram para ficar a administras90 p6blica (...) na mais abwluta<br />
im ossibili<strong>da</strong>de de atender aos incessantes e ca<strong>da</strong> vez mais numerows pedi<strong>do</strong>s<br />
de pena $6 ua (...) Ao fin<strong>da</strong>r-se, pois, o dec8nio 1860-1810, en sobremo<strong>do</strong> aflitira<br />
a s~tuaylo 8: ci<strong>da</strong>de (..) As penas roncedi<strong>da</strong>s aos amigos pan suprimento a <strong>do</strong>micilio<br />
tinham se convert~<strong>do</strong> em mais uma ficsb (...) e, junto Is torneiras <strong>da</strong>s esquinas<br />
e aos chafarizes, formava a popula~So contrista<strong>do</strong>ras taninas, em que ca<strong>da</strong> qua1 esperava<br />
inativo, impaciente e rus uento - horas sem tempo pela sua va de encher,<br />
as gotas, uma pequena lata, quanc!o nio um simples moringue, apenassuficiente para<br />
iludir a sede ou cozinhar a alimentas90 <strong>do</strong> dia'.<br />
De fato, em seu relat6rio de 1866 o inspetor era1 de Obras PGblicas,<br />
Bulhaes de Carvalho, alertava o ministro o Impkrio<br />
"continuas re resenta~aes <strong>da</strong> populas90 <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de i falta no a I?- asteclmento<br />
de 4guaR. Essas penlirias tornavam-se ca<strong>da</strong> vez mis dramltic?~ cpm<br />
o correr <strong>do</strong>s anos, sobretu<strong>do</strong> no ver90, a "esta~io calmosa" que coincldla<br />
com as e ldemias de febre amarela. As princlpais causas <strong>da</strong> escassez, na<br />
opiniSo cf o inspetor-geral, residiam na insufici6ncia <strong>do</strong>s de bsitos de recepg5o<br />
e de reserva, de to<strong>do</strong>s os encanamentos erais e secun<br />
S<br />
C arios de ferro,<br />
que se achavam obstrui<strong>do</strong>s, e no pequeno vo ume <strong>do</strong>s mananclals aproveita<strong>do</strong>s.<br />
A Caixa <strong>da</strong> Carioca, rincipal reservatbrio <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, recebia quatro<br />
milhaes de litros por $ la, mas tinha capaci<strong>da</strong>de para armazenar,um<br />
volume mjximo de 675.000 litros. A Caixa <strong>da</strong> Tijuca recebia, em medla,<br />
18,5 milhaes de litros por dia, e armazenava 43.480 litros. 0s <strong>do</strong>is reseyvat6rios<br />
n50 eram suficientes para sustentar o consumo <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de por mais<br />
de seis horas, em caso de estiagem.<br />
Prosseguia o inspetor-geral:<br />
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