Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
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52 o inicio <strong>do</strong> proceso de "modpmiza~io~' no Rio de Jankro<br />
ramentos realiy<strong>do</strong>s na Alfindega marcaram a introdus50 <strong>da</strong> mlquina a<br />
vapor nos servisos portulrios, a comesar pel0 cravamento <strong>da</strong>s estacas <strong>do</strong><br />
armazkm, onde foi emprega<strong>do</strong> o macaco a vapor fabrica<strong>do</strong> pela firma inglesa<br />
Nasmith. No armazem, uatro eleva<strong>do</strong>rq corn as.respectivas mi-<br />
"$<br />
quinas fixas fazem descer ou su<br />
ir as merca<strong>do</strong>rias aos diversos an<strong>da</strong>res,<br />
e uma s6 caldeira de 12 cavalos fornece-lhes o vapor precis0 (...). To<strong>do</strong><br />
esse maquinismo foi prepara<strong>do</strong> no Rio de Janeiro, nas oficinas <strong>do</strong>s Srs.<br />
Maylor & Cia"l7. A mesma casa montava, na kpoca, 22 guin<strong>da</strong>stes hi-<br />
drlulicos para o cais. No principio <strong>da</strong> Rua <strong>do</strong> Rosario, construiu-se o prk-<br />
dio para alojar as caldeiras, reservat6rios, etc.<br />
0s melhoramentos portuirios tornaram-se necesslrios em face <strong>da</strong><br />
crescente defasagem entre a potencializac30 <strong>do</strong> movimento comercial <strong>do</strong><br />
porto - determina<strong>da</strong> pela expans50 <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> mundial e <strong>da</strong> lavoura es-<br />
cravlsta <strong>do</strong> cafk - e a velha estrutura portulria colonial, to<strong>da</strong> ela aciona<strong>da</strong><br />
pela energia brasal <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r escravo. Im unham-se como corolirio<br />
<strong>da</strong> ferrovia e<strong>da</strong> navegas30 a vappr, na medi& em qu? o porto, eixo <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> econ6inrca <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, constituia seu nexo de articu1ag"a.<br />
Sem cais ou pontos para as descargas, a Alfindega se achava desapercebi<strong>da</strong><br />
<strong>do</strong>s meios de se evitarem avarias, demoras, e outros tais prejuizos.<br />
0 servi~o <strong>da</strong>s descargas, moroso e deficiente para as necessi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> comercio<br />
sempre crescente <strong>da</strong> Capital <strong>do</strong> Impbrio, tornava-se penoso aos . pr6prios . emprega<strong>do</strong>s.<br />
.<br />
0s armazins, sem as precisas acomo<strong>da</strong>if6es e ma1 combina<strong>do</strong>s, concorriam<br />
para a imperfeiifzo e demora no serviifo <strong>da</strong>s capatazias, embora o seu pessoal fosse<br />
relativamente grande".<br />
Alkm de renovar as instala~aes fisicas, estas obras pretenderam substituir,<br />
em parte, pela energla a vapor a energia bra~al <strong>do</strong> escravo - ca<strong>da</strong><br />
vez mais caro e escasso desde a extins90 <strong>do</strong> trlfico e a subse uente transferCncia<br />
de escravos urbanos para as fazen<strong>da</strong>s de cafk - visan $' o <strong>da</strong>f conta<br />
<strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> volume e <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de de circulas90 <strong>da</strong>s merca<strong>do</strong>rias provoca<strong>do</strong><br />
pela revolu~9o no transporte terrestre e maritime.<br />
A esse respeito, escreveu Borja Castro:<br />
%r sabi<strong>do</strong> que o servi~o <strong>da</strong>s descargas nos cais <strong>da</strong> Doca d'AIfindega achava-se,<br />
nZo hi muito tempo, nas mesmas condi~tks que outrora nos principals portos comerciais<br />
<strong>da</strong> Inglaterra. Guin<strong>da</strong>stes movi<strong>do</strong>s a bra~~ eram emprega<strong>do</strong>s neste se~iifo,<br />
e apesar <strong>do</strong> cresci<strong>do</strong> n6mero de trabalha<strong>do</strong>res nZo se conseguia a precisa celeri<strong>da</strong>de.<br />
0 aumento <strong>do</strong> comircio reclamava por outro la<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>ifPo de melhor sistema, assim<br />
o Sr. Visconde <strong>do</strong> Rio Branco, como Ministro <strong>do</strong>s Neg6cios <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, resolveu<br />
prontamente a dificul<strong>da</strong>de, ordenan<strong>do</strong> que guin<strong>da</strong>stes hidriulicos fossem assenta<strong>do</strong>s<br />
no cais <strong>da</strong> Doca, e que as mdquinas destes guin<strong>da</strong>stes tivessem a for a precisa n3o<br />
d para servi-10s como tambim aos eleua<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s armazins projetacfos, e em uma<br />
palavra, os novos maquinismos se tornassem a fonte de qualquer for~a que powentura<br />
se necessitasse no futuro para o serviifo <strong>da</strong> Docai9.<br />
Outro aspect0 importante desse rimeiro surto de "modernizjag90"<br />
<strong>do</strong> Rio de Janeiro diz respeito 3 loca\zqb <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des portuarias e