Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
P<br />
A mesma preocupac;io trans arecia numa circular de julho de 1903,<br />
recomen<strong>da</strong>n<strong>do</strong> aos a entes <strong>da</strong> Pre eitura a mais rigorosa vigilincia sobre<br />
os mascates e vende 2 ores ambulante! de mo<strong>do</strong> a irn edir que eles continuassem<br />
a frau<strong>da</strong>r a Fazen<strong>da</strong> Municipal, negoclan co f sem a necesslria<br />
licen a, ou venden<strong>do</strong>, mediante artificios diversos, generos n30 compreendihor<br />
entre a ueles que eram objeto <strong>da</strong>s lieengas. No mesmo mBs, a Fazen<strong>da</strong><br />
Municipa 7 fixou o prazo de 15 dras para que os volantes <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />
a resentassem "0s utensillos que empregam para a condu~lo <strong>do</strong>s gheros<br />
& seus negbcios, a fin de serem nuqera<strong>do</strong>s".<br />
A as90 legi ferante <strong>do</strong> refelto atln ru tambCm frac6es <strong>do</strong> pequeno<br />
el inclusive, <strong>do</strong> grande capita f comercial. 8 Decreto n? 421, de 14 de maio<br />
de 1903, proibiu, nos estabelecimentos comerciais, a exposi~9o de artigos<br />
nas umbreiras e vios <strong>da</strong>s portas que abriam para a via publica, exceto<br />
uan<strong>do</strong> ocupa<strong>do</strong>s por vitrines (Essa exibi~ao, "ora gr?tesca, ora anti-<br />
%$enlea, e sempre rnconveniente", <strong>da</strong>va tambCm 1 capital o aspect0 de<br />
uma ci<strong>da</strong>de atrasa<strong>da</strong> <strong>do</strong> Oriente).<br />
Medi<strong>da</strong> de grande repercussio foi a guerra contra os quiosques, condena<strong>do</strong>s<br />
corno anti-higiCnicos e sem "inspirac;So artistica". Constru@es<br />
ligeiras de madeira e zlnco, de trasos orientais, dissernina<strong>da</strong>s elas calsa<strong>da</strong>s,<br />
os quios 9 ues eram pontos naturais de aglomera k -30 <strong>do</strong>s tra t alha<strong>do</strong>res<br />
<strong>da</strong>s ruas, os ' pCs-rapa<strong>do</strong>s", que ali consumlam vin o, cafk, broas, sardinha<br />
fr~ta, lascas de porco, queijo e outras miudezas. Ao contririo <strong>do</strong> que<br />
su ere Luis Edmun<strong>do</strong>, sobre aquele "com6rcio estreito e pobre, em ue<br />
o i ono C caixeiro, ao mesmo tempo", Ataide diz ue grande parte 10s<br />
qu~osques pertencia a uma poderosa Companhia de &uiosques, a qua1 <strong>Pereira</strong><br />
<strong>Passos</strong> teria proposto a indeniza~io de 300.000$000 pela resas3o <strong>do</strong><br />
contrato, que se estenderia at6 1911. 0 magnata que os explorava teria<br />
exrgi<strong>do</strong> 1.500.00016000. Indiferenternente grita <strong>do</strong>s jornais de oposi~50,<br />
o prefeito, entio, iniciara a derruba<strong>da</strong> <strong>do</strong>s quiosques, obrigan<strong>do</strong> o proprletlrio<br />
a aceitar urn acor<strong>do</strong> mais vantajoso9.<br />
Analisan<strong>do</strong> a quest50 <strong>do</strong> prisma <strong>do</strong> abastecimento de alimentos A<br />
populap90, podemos enfeixar a proibig50 <strong>da</strong> Vren<strong>da</strong> de visceras de reses,<br />
<strong>da</strong> ordenha de vacas e a erradicaszo <strong>do</strong>s quiosques sob uma mesma per:pectiva,<br />
agregan<strong>do</strong>-lhe outras medi<strong>da</strong>s direciona<strong>da</strong>s contra prbticas rurals<br />
que subsistiam no perimetro urbano <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />
AlCm de obr~gar os estlbulos a se enquadrarem em normas hbienicas<br />
e a recuareln para zonas mais afasta<strong>da</strong>s, a <strong>Prefeitura</strong> visou tambem<br />
as hortas e capinzais. Atraves <strong>do</strong> Decreto n? 974, de 20 de novembro de<br />
1903, o.legislativo municipal autorizou o prefeito a demarcar uma area<br />
nos ll~nltes <strong>da</strong> qua1 ficaria proibi<strong>da</strong> a cultura de hortas e a plantac;3o de<br />
capim, fixan<strong>do</strong> prazo para que cessassein as existentes. As hortas e caplnzais<br />
ji tinhaln si<strong>do</strong> proibi<strong>da</strong>s na zona urbana por um decreto de 1899,<br />
que nunca fora posto em pritica.<br />
0 Decreto n? 492, de 3 de agosto de 1904, proibiu o plantio de capinzais,<br />
tanto de uso particular corno para comercio, e o <strong>da</strong>s hortas de<br />
cornercio no extenso perimetro, demarca<strong>do</strong> pela linha que, partin<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
praia <strong>da</strong> Sau<strong>da</strong>de, esquina com a Rua General Severiano, contornava as