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Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

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54 o inicio <strong>do</strong> proreso de "moderniza~rio" no Rio de Jankm<br />

Quan<strong>do</strong> foi publica<strong>do</strong> este relatbrio, viporavam jl duas concessaes<br />

para a erfuragio e explorasio de tGneis atraves <strong>do</strong>s morros que isolavam<br />

a Gamboa e a Sa6de <strong>da</strong> planicie central. <strong>Um</strong>a <strong>da</strong>s concessaes incluia tamb6m<br />

a exploragilo de uma linha de carrls para o transporte de cargas.<br />

Em dezembro de 1875, o governo imperial concedera ao engenheiro<br />

Jos6 Basilio Magno de Carvalho privilkgio exclusivo, por 25 anos, ara<br />

a construg30 de um the1 no morro de S5o Bento, coqunican<strong>do</strong> aiua<br />

<strong>da</strong> Prainha corn o largo <strong>do</strong> mesmo nome. A companhla teria direito a<br />

cobrar edlgios difeyenci.a<strong>do</strong>> <strong>do</strong>s pedestres, animais de sela ou carga e<br />

carros S e um ou <strong>do</strong>ls anlmvs.<br />

0 ourro decreto, de marGo de 1875, era mais ambicioso: concedia<br />

ao engenhe~ro Clemente Tisserand e a Am6rico de Castro privil6gio por<br />

30 anos para a perfuragio de um the1 no morro <strong>do</strong> Llvramento, especifican<strong>do</strong>,<br />

inclusiye, que deviam ser usa<strong>da</strong>s as brocas Burleigh rock drills.<br />

0s concesslonlrios deveriam abrir uma rua entre a <strong>da</strong> Princesa <strong>do</strong>s<br />

Cajuelros e a entra<strong>da</strong> <strong>do</strong> tGnel, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> prolongamento A de Santana, e outra<br />

ma <strong>da</strong> sai<strong>da</strong> <strong>do</strong> tGnel at6 as Ruas Nova <strong>do</strong> Livramento e <strong>da</strong> Harmonia.<br />

0s trilhos partiriam,<strong>do</strong> campo <strong>da</strong> Aclamasio, em dires5o A Rua de Santana,<br />

at6 encontrar a nova rua aberta, se in<strong>do</strong> depois por aquela projeta<strong>da</strong><br />

i sai<strong>da</strong> <strong>do</strong> the1 at6 a Harmonia, gonde partiriam <strong>do</strong>n ramais:<br />

urn para a Rua <strong>da</strong> SaGde, at6 o cruzamento com a <strong>do</strong> Livramento; o outro<br />

pela Rua <strong>da</strong> Gamboa, at6 o fim <strong>da</strong> praia.<br />

No interior <strong>do</strong> tGnel, deveria ser reserva<strong>do</strong> espago para o prolonamento<br />

<strong>da</strong> Estra<strong>da</strong> de Ferro D. Pedro I1 at6 uma estasio marit~ma, no<br />

ktoral <strong>da</strong> Gamboa, re o governo assim o exigisse.<br />

0s concessionirios teriam direito A percepsio de urn pedlgio, sen<strong>do</strong><br />

as tarifas de carga e viajantes as mesmas que 16 vigoravam para a Comanhia<br />

Locomotora, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> por Assls Sllvelra, a primeira companhia de<br />

Eondes de carga que efetivamente funcionou, fazen<strong>do</strong> o transporte <strong>do</strong> cafe<br />

<strong>da</strong> estag3o D. Pedro II at6 a SaGdeZ1.<br />

Quan<strong>do</strong> esteve no Rio de Janeiro, em 1846, Thomas Ewbank havia<br />

se referl<strong>do</strong> ao penoso esforso <strong>do</strong>s burros que puxavam carrosas pelas ruas<br />

estreitas e desnivela<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de Velha, e acrescentava:<br />

Mas, se 6 assim, que se poded dizer <strong>do</strong>s sacrificios de suor e mGsculos hu-<br />

manos, incessanternente ofereci<strong>do</strong>s nessas ruas corno se fossern elas outros tantos al-<br />

tares: o sacrificio <strong>do</strong>s escravos jungi<strong>do</strong>s a pesa<strong>do</strong>s carrogi3es, cujas ro<strong>da</strong>s, rangen<strong>do</strong><br />

sob enormes cargas, fazern estremecer as paredes e os soalhos <strong>da</strong>s casas pr6xirnq<br />

o sacrificio <strong>do</strong>s escravos ofegantes em seu lento e tortuoso avanso, retesan<strong>do</strong> os rnhs-<br />

culos a ponto de dilacerd-los? To<strong>da</strong> a parte comercial <strong>do</strong> Rio C sinaularmente bern<br />

a<strong>da</strong>ptadi 1 colocag%o de trilhos, e se os brasileiros continuam resorvi<strong>do</strong>s a usar ne-<br />

gros corno bestas de carga, seria de seu interesse colocar trilhos nas ruas*.<br />

Transcorreram quase duas d6ca<strong>da</strong>s antes que os primeiros trilhos<br />

fossem, de fato, assenta<strong>do</strong>s para o transporte de cargas no Smbito <strong>da</strong> el-<br />

<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

Segun<strong>do</strong> os Estatutos aprova<strong>do</strong>s pelo Decreto n? 3568, de 20 de de-<br />

zembro de 1865, a Companhia Locomotora tinha por finali<strong>da</strong>de prin-

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