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Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

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o prefkto Fran&o <strong>Pereira</strong> <strong>Passos</strong><br />

produtos pelas ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de; para o comCrcio, que poderd com maior facili<strong>da</strong>de e<br />

menos despesas, remeter para o interior os artigos pesa<strong>do</strong>s e os de pouco valor, que<br />

atualmente s5o sobrecarrega<strong>do</strong>s com a condug50 em carrogas; para esta capital, fi-<br />

nalmente, que vB drsaparecer uma de suas praias mais prejudic~ais salide pliblica,<br />

e surgirem vastas constru aes onde at6 agora s6 existiam casas de mesquinha apa-<br />

rencia e habitagaes insalukres2.<br />

i<br />

Em 1880, via ou novamente para a Europa. Freqiientou cursos na<br />

Sorbonne e no Co Cge de France e, em companhia <strong>do</strong> conselheiro Belisirio<br />

de Sousa, visitou virias fibricas, companhias ferroviirias e de navegasiio,<br />

usin? sidedrgicas e obras pGblicas em geral, na Glgica e Holan<strong>da</strong>.<br />

Em Paris, foi contrata<strong>do</strong> como engenheiro consultor pela Compagnie<br />

GenQale de Chemins de Fer Brksiliens, com poderes il~mita<strong>do</strong>s para<br />

resolver to<strong>do</strong>s os assuntos tkcnicos relativos A construpzo de uma estra<strong>da</strong><br />

de ferro no Parani. Em junho de 1881, de volta ao Brasil, fixou-se naquela<br />

rovincia. Lo o ap6s a inauguras50 <strong>do</strong> primeiro trecho <strong>da</strong> estra<strong>da</strong>,<br />

entre g arana h e 8 uritiba, re ressou ao Rio de Janeiro para assumir a<br />

presidh<strong>da</strong> 8companhia de Earris de Silo Cristoviio, suceden<strong>do</strong> o Visconde<br />

de Taunay. Durante os seis anos em que dirigiu a empresa, reformou<br />

seu material e sua administras.50 e tornou-a novamente rentivel.<br />

Em 1884, pro 8s a seus 30 malores acionistas que a companhia adquirisse<br />

o projeto d' e uma grande aveni<strong>da</strong>, elabora<strong>do</strong> pelo arquiteto itallano<br />

Giuseppe Fo-gliani, e o executasse no centro <strong>do</strong> Rio de Janeiro..A<br />

ambiciosa ideia fol longamente debatl<strong>da</strong> e, afinal, a asemblkia <strong>do</strong>s aaonistas<br />

autorizou-o a obter <strong>do</strong> govern0 a necesdria concessiio.<br />

Esse grande empreendimento imobiliirio era uma antecipac;zo <strong>da</strong><br />

futura avenl<strong>da</strong> Central, ue seria reallza<strong>da</strong> durante a gestzo <strong>do</strong> pr6pr1o<br />

<strong>Pereira</strong> <strong>Passos</strong> como pre eito, uase vinte anos depois. No Congresso, o<br />

projeto de Fogliani foi a P adrin % a<strong>do</strong> pel0 sena<strong>do</strong>r Francisco Belisirio Soares<br />

de Sousa, o compan R elro de <strong>Passos</strong> em sua Gltlrna viagem A Europa'.<br />

Seus argumentos foram enfelxa<strong>do</strong>s num opGsculo extremamente interessante<br />

- Notas de urn vkjanre brasileiro.<br />

Vale a pena transcrever alguns trechos que ilustram de, maneira<br />

muito clara, o "discurso" <strong>do</strong>minante a respeito <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de na vira<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />

skculo, reitera<strong>do</strong> por to<strong>da</strong> a imprensa, difundi<strong>do</strong> por mkdicos, engenheiros,<br />

politicos e industriais, impregna<strong>do</strong> na "opin<strong>do</strong> phblica" ilustra<strong>da</strong> e<br />

burguesa, que encarava como inadihvel a necessi<strong>da</strong>de de submeter a cabesa<br />

urbana <strong>do</strong> pais a uma cirur ia em profundi<strong>da</strong>de.<br />

Por enquanto, o sena<strong>do</strong>r 8 efendia o desempenho dessa lucrativa<br />

"operas30" pelo grande capital priva<strong>do</strong>, mas logo o Esta<strong>do</strong> assumiria sua<br />

execuc;iio, inrocan<strong>do</strong> os mesmos' argumentos.<br />

Escrevla o conselheiro Soares de Sousa:<br />

Quan<strong>do</strong> (...) percorremos pela primeira vez a Europa, impressio~lam desde<br />

lo o (...) as grandes obras p6blicas ue se executam em to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong>des (...) e que<br />

seho torna<strong>do</strong>, pela sua generali<strong>da</strong> e, un, movin~ento caracteristico desa Cpoca.<br />

1<br />

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

NBo se pense no Brasil que somente as grandes socie<strong>da</strong>des, as capitais ricas

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