Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
a vira<strong>da</strong> <strong>do</strong> kculo: aspectos conjunturats <strong>do</strong> penb<strong>do</strong> 1890-1900 189<br />
0s recenseamentos (...) <strong>do</strong>, em geral, para nossa populas30, o prenhncio de aumento<br />
de impostos, de recrutamento e de outras medi<strong>da</strong>s odiosas; figurar neles C um perigo,<br />
que 6 precis0 a to<strong>do</strong> custo evitar. (p. 68)<br />
Desse total, s6 249 eram brasileiros (5%), ao passo que nas epidemias de 1876 e 1886<br />
representavam mais de 20% <strong>do</strong>s 6bitos. A grande maioria <strong>da</strong>s vitimas era constitui<strong>da</strong><br />
de imigrantes em lena i<strong>da</strong>de produtiva, na faixa <strong>do</strong>s 21-30 anos, permanecen<strong>do</strong> eleva<strong>da</strong><br />
a mortali<strong>da</strong>ae nas faixas <strong>do</strong>s 30-40 e 40-50 anos.<br />
A distribui$io <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong>de por nacionali<strong>da</strong>des mostrava que os rincipais atinf<strong>do</strong>s,<br />
em termos abrolutos, eram or portu uses (1878 6bitos . vinio a seguir: italanos<br />
(680), es anh6is (631), franceses (298, outras nacionali d ades europiias (283),<br />
brasileiros (2497, alemies (121), de nacionali<strong>da</strong>de desconheci<strong>da</strong>s (125). ingleses (99).<br />
turco-irabes (34), hispano-americanos (34) e anglo-americanos (29).<br />
A opulag3o africana na<strong>da</strong> sofreu ou por ter imuni<strong>da</strong>de inata ou po? $-la adquiri<strong>do</strong><br />
permanencia de muitos anos <strong>do</strong> foco de infecg3oW - dizia Aureliano.<br />
Segun<strong>do</strong> o mCdico demografista, a epidemia partira <strong>do</strong>s quartCis <strong>da</strong> forsa phblica,<br />
atin in<strong>do</strong>, principalmente, individuos vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> norte onde a vacina era<br />
ain& desconhec~<strong>da</strong>.<br />
A necessi<strong>da</strong>de, poir, de uma lei de vacina obrigat6ria se impae corn a maior urgencia.<br />
A lei que possuimos, a menos ue se'a amplia<strong>da</strong> e convenientemenie re ulaminta<strong>da</strong>,<br />
c completamente inhti~: a atuj epidemia dr: variola o demonstrou ca%a~mente. AS<br />
1500 criansas de zero a cinco an& vitinia<strong>da</strong>s pela terrivel molbtia em 1891, cuja liber<strong>da</strong>de<br />
espiritual na'o corre o risco de ser ofendi<strong>da</strong>, reclama esta medi<strong>da</strong> protetora<br />
contra a desidia e a ignorincia paternas.<br />
Ibidem, p. 82.<br />
Destaco a referCncia irbnica i "liber<strong>da</strong>de espiritual": no tempo de <strong>Passos</strong> e 0. Cruz,<br />
a lei <strong>da</strong> vacina obrigat6ria seria combati<strong>da</strong> corn o mesmo argument0 iiberal.<br />
Ibidem, p. 5-6.<br />
Ib., p. 67.<br />
Ib., p. 44.<br />
0s comerciantes e pro rietdrios que exploravam as habitasaes coletivas se haviam<br />
organiza<strong>do</strong> na Socie<strong>da</strong>Be Uniio <strong>do</strong>s Proprietirios e Arren<strong>da</strong>tirios de Pridios, cujo<br />
pr~meiro secretirio era Francisco Alves Soares Bastos. Num <strong>do</strong>cumento dirigi<strong>do</strong> em<br />
12 de agosto de 1890 A Intendencia Municipal, ele rotestava contra o impost0 de<br />
20 mil rCis estabeleci<strong>do</strong> para or aposentos mobilia$ ou errs de pens30 Ale ava<br />
que as casas qu,e alugavam quartos e chmo<strong>do</strong>s sem mobilia e por mCs ni0 poiam<br />
ser equipara<strong>da</strong>s is mobilia<strong>da</strong>s ou de pens30 e deveriam, assim, pagar apenas o imposto<br />
de 10 mil rCis anuais.<br />
(...) ao passo que os proprietirios <strong>da</strong>s casas sem mobilia que ji pagam ao Tesouro<br />
Nacional pesa<strong>da</strong> dCcima auferem apenas o lucro <strong>do</strong>s cbmo<strong>do</strong>s, os <strong>da</strong>s<br />
casas mobilia<strong>da</strong>s lucram, alCm <strong>do</strong> aluguel <strong>do</strong> cbmo<strong>do</strong>, mais o aluguel <strong>da</strong> mobilia<br />
ue ji por si s6 C uma indhstria lucrativa, como provam as dezenas de<br />
ertab~ecinlentos que hi nesta capital s6 e exclusivamente para este fim: aluuel<br />
de n16veis; e ain<strong>da</strong> maior C o lucro <strong>da</strong>s casas de pensio onde hi o aluguel<br />
!o cbmo<strong>do</strong>, o aluguel <strong>do</strong>s mbveis e mais a ven<strong>da</strong> <strong>da</strong> comi<strong>da</strong> jb prepara<strong>da</strong>.<br />
ARQUIVO Geral <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Documento avulso (1901-1910. C&<br />
dice 44-2-11 [niio numera<strong>do</strong>].<br />
RELAT~RIO <strong>do</strong>s trabalhos <strong>da</strong> Inspetoria Geral de Higiene. 1892, p. 68.<br />
Ibidem, p. 42.<br />
SANTOS, F.A.N. 1945.<br />
En1 janeiro e fevereiro de 1893, os delega<strong>do</strong>s de hi iene apresentaram uma relasiio<br />
dsr estalagens que duviam wr fecha<strong>da</strong>s ou denlolifas, por falta.de condi(6es higi-