Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
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62 o inicio <strong>do</strong> processo de "modernizagrio" no Rio de Janeiro<br />
NOTAS<br />
LINHARES, M.Y. L. 1979, p. 150.<br />
SILVA, S. 1976, p. 30-2.<br />
Ibidem, p. 34.<br />
HOLANDA, S.B. de. 1976, p. 43-4.<br />
Ibidem, p. 45.<br />
PRADO JR., C. 1953.<br />
0 lucro <strong>da</strong>s companhias ferrovilrias n90 advinha apenas <strong>do</strong>s rendimentos pro or<br />
ciona<strong>do</strong>s peIo transpone de merca<strong>do</strong>rias ou passageiros. AS primeiras companii;<br />
reivindicaram e obtlveram o que se tornou norma em to<strong>do</strong>s os decretos de conceslo:<br />
a garantia de juros sobre o capital empata<strong>do</strong> e tambCm o direito de desapropriaglo<br />
de terras ?s margens <strong>da</strong>s ferrovias. 0 pa amento <strong>do</strong>s juros era computa<strong>do</strong><br />
pela extenlo em quilBrnetros de trilhos assentafos, o que tornava vanta'oso o traa<strong>do</strong><br />
mais rinuo~. de fazen<strong>da</strong> em fazen<strong>da</strong>. Para pagar os juros is cornpanhias, quase<br />
sempre estrangelras, o Esta<strong>do</strong> precisou contrair vultosos emprbtimos junto a bancos<br />
~gualmente estrangeiros.<br />
GRAHAM, R. p. 61-2.<br />
De inlcio, parte <strong>do</strong> capital aplica<strong>do</strong> nas ferrovias roveio diretamente <strong>da</strong> cafeicultun,<br />
re resentan<strong>do</strong> assim, uma nova oponuni<strong>da</strong>ie de inversio para o capital cafeeiro.<br />
R ferrovia fiuminenses, porem, ao contririo <strong>do</strong> ue ocorreu com as paulistas,<br />
lo o se tornaram deficithias, refletin<strong>do</strong> a crise latente !as plantagbes escravistas <strong>do</strong><br />
vafe <strong>do</strong> Paraiba.<br />
Segun<strong>do</strong> Wilson Cano, a expansio ferrovilria na regi%o fluminense, em sua maior<br />
pane, ocorreu depois que as plantacbes de cafC jl estavam matura<strong>da</strong>s, salvo no que<br />
se refere a panes <strong>da</strong> expanlo cafeeira ocorri<strong>da</strong> na dCca<strong>da</strong> de 70 na regiio oriental,<br />
n%o exercen<strong>do</strong> assim o primeiro papel de "cria<strong>do</strong>ra de terras" (como ocorreu com<br />
a maior ane <strong>da</strong>s ferrovlas paulistas) e d trazen<strong>do</strong> economias externas numa situacb<br />
retar<strong>da</strong>& no tempo. (CANO, W. 1968, p. 29-30)<br />
STEIN, S. 1961, p. 135-6.<br />
GRAHAM, R. p. 14.<br />
Ibidem, p. 95-6.<br />
CASTRO, B. 1877, p. 45.<br />
Declarava Borja Castro:<br />
Apesar <strong>da</strong> grande exportat.90 <strong>do</strong> Brasil, o cafi nio C no estrangeiro<br />
urn gknero que possa ser consuml<strong>do</strong> pelas classes menos favoreci<strong>da</strong>s <strong>da</strong> fortuna;<br />
C antes um produto privilegia<strong>do</strong> que, por seu eleva<strong>do</strong> prego, 1130 toca<br />
a to<strong>do</strong>s. Iwo rova que o Brasil nlo deve temer por muitos anos excesso de<br />
proc+glo. (..J~unca o cafe poderl ser reduzi<strong>do</strong> no nosso pair ao ue 6 hoje<br />
o agucar, porque a chicbria nio C competi<strong>do</strong>r sCrio <strong>do</strong> cafC, como abeterraba<br />
<strong>do</strong> agircar-decana. (p. 52-3)<br />
GRAHAM, R. p. 97-8.<br />
Andre Rebougas assumiu a direplo <strong>da</strong>s obras <strong>da</strong> Alfindega em 8 de outubro de 1866.<br />
Nesse dia, registrava em seu Dia'rio:<br />
Principiaram a embaragar-me corn empenhos; a Marquesa de Olin<strong>da</strong><br />
escreveu hoje a meu pai, pedin<strong>do</strong>-lhe que conservasse nas obras <strong>da</strong> Alfindega<br />
seis escravos seus. <strong>Um</strong>a senhora, que se disse ser parenta <strong>do</strong> Conselheiro Beaurepaire<br />
Rohan, teve a simplici<strong>da</strong>de de man<strong>da</strong>r-me chamar com a maior<br />
instancia para pedir-me que um preto seu passage de servente a pedreiro.<br />
k impossivel saber qua1 a pro orp8o de escravos de ganho entre os trabalha<strong>do</strong>res em-<br />
pp<strong>do</strong>s nas obras. Seja yaffor, a forma mmo era contabiliza<strong>da</strong> a jorna<strong>da</strong> de tra-<br />
a1 o parece indicar uma grande flutuag90 <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res cotidianamente