15.04.2013 Views

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

228 a trans for map?^ aL ciaLde <strong>do</strong> Rio de Jarrkro no inicio <strong>do</strong> kale XX<br />

no Congresso, na im rqnsa e nas academias. Foi objeto de olCmicas entle<br />

arqultetos, . .. engen R elros . e m6drcos. . . . 9 prbprlo Sousa #angel discor<strong>da</strong>ra,<br />

a principle, <strong>do</strong> tra a<strong>do</strong> <strong>da</strong> aveni<strong>da</strong>.<br />

<strong>Um</strong> artlgo publicajo peloJomal <strong>do</strong> commkio, em 21 de maio de<br />

1903, nos d6 uma idCia <strong>da</strong>s opgaes debati<strong>da</strong>s. A planta <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de mostrava<br />

que <strong>do</strong> Largo <strong>da</strong> Prainha Praga Mauq, onde comegava o cais, at6 S. Cristbva"0,<br />

a Gnlca sai<strong>da</strong> vi+e I para os veiculos carrega<strong>do</strong>s de gsneros importa<strong>do</strong>s<br />

era a Rua <strong>da</strong> Pramha, que comegava no Largo, espremen<strong>do</strong>-se entre<br />

o morro <strong>da</strong> Concei$io e vvirias travessas e ruas estreitas, o que dificultava,<br />

sobremaneira, o transito. Vinham depois os morros <strong>da</strong> Providsncia, Sa-<br />

Gde, Gamboa e <strong>do</strong> Pinto, forman<strong>do</strong> uma barreira intransponivel. A abertura<br />

mais pr6xima era a Rua <strong>da</strong> Imperatriz, que ia <strong>da</strong>r na prac;a Municipal.<br />

Se essa via fosse alarga<strong>da</strong> e retifica<strong>da</strong> at6 a Rua de S90 Pedro, como propuseram<br />

alguns, to<strong>do</strong> o trlfego.comercia1 <strong>do</strong> cais corn dest~no ao-centro<br />

<strong>da</strong>rla ulna rande volta, e contlnuarla a percorrer as estreltas e slnuosas<br />

ruelas <strong>do</strong> 8 amp0 de Santana at6 a Rua Direita.<br />

Outra alternativa era o escoamento atraves <strong>da</strong> Rua <strong>da</strong> Prainha: Ain<strong>da</strong><br />

que a alargassem at6 a Rua Uruguaiana - argumentava o jornal - seria inevitAvel<br />

o en asgamento <strong>do</strong> trifego nessa confluCncia e, pouco adiante, na<br />

esquina <strong>da</strong> fua de S9o Pedro por onde descia to<strong>do</strong> o trafe o proveniente<br />

<strong>da</strong> Rua <strong>da</strong> Im eratriz. Concluia, ent90, ue era inevitive a abertura <strong>da</strong><br />

B 1<br />

'?<br />

grande aveni a para distribuir as merca orias pel0 centro comercial.<br />

Contu<strong>do</strong>, sua concepg9o n5o pode ser explica<strong>da</strong> a enas em fung9~<br />

<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des de circula -90. Outras determinagaes e ordem econo-<br />

1<br />

S<br />

mica, politics, social e ideo bgica influiram na coneretizag90 <strong>do</strong> projeto,<br />

que, colno vimos, remonta pelo menos aos anos de 1880 (projeto de Fogliani).<br />

0 prbprio Jornal <strong>do</strong> Commercio admitia:<br />

N%o hi dGvi<strong>da</strong> que entrou ai um pouco a idiia de embelezar a ci<strong>da</strong>de. Para<br />

atender apenas is exigCncias <strong>do</strong> trdfe o comercial, o Largo <strong>da</strong> Carioca ou as suas imediar6es<br />

seria umponto terminal sutciente para que a nova artiria servisse a to<strong>do</strong><br />

o bairro <strong>do</strong> comercio mais intenso, quer seguin<strong>do</strong> na direg%o <strong>da</strong> Uruguaiana, com<br />

o alargamento <strong>da</strong> Prainha, quer na Aveni<strong>da</strong> projeta<strong>da</strong>, buscan<strong>do</strong> o Liceu Literkio.<br />

0 term0 "embelezar" tem enorme ressonlncia no discurso propa4andistico<br />

<strong>da</strong> Cpoca. Designa mais <strong>do</strong> que a imposig30 de novos vaiores<br />

esteticos. a criacao de uma nova fisionomia arauitetbnica tiara a ci<strong>da</strong>de.<br />

~ncobre; por Asim dizer, mliltiplas "estratCgia's". A erradicagso <strong>da</strong> populag90<br />

trabalha<strong>do</strong>ra que residia na Area central, projeto debati<strong>do</strong> desde<br />

mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> s6culo passa<strong>do</strong>; a mu<strong>da</strong>nga de fung90 <strong>do</strong> centro, atenden<strong>do</strong><br />

- num plano mais imediato - aos interesses especulativos que copigavam<br />

essa irea altamente valoriza<strong>da</strong> e - num plano mais geral - As exigencias <strong>da</strong><br />

acumulas~o e circu1ac;Zo <strong>do</strong> capital comercial e financeiro; razaes fdeo-<br />

Ibgicas llga<strong>da</strong>s ao "desfrute" <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s privilegia<strong>da</strong>s; razaes pollticas<br />

decorrentes de exigcncias especificas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> republican0 em relas30<br />

Aquela ci<strong>da</strong>de que era a sede <strong>do</strong> poder politico national.<br />

A constru~io <strong>da</strong> aveni<strong>da</strong> representou, antes de tu<strong>do</strong>, um processo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!