Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
esra<strong>do</strong>, ,capital priva<strong>do</strong> e crise habitacional 159<br />
De to<strong>da</strong>s as formas de protecionismo nlo hi nenhuma tlo perigosa e que mais<br />
se preste a maiores abusos, prejudican<strong>do</strong><br />
leg~timos interesses comerciais e industriais que na sua que<strong>da</strong> arrastam de volta rendimentos<br />
importantes <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> PGblica.<br />
Com a continua<strong>do</strong> e desenvolvimento <strong>da</strong>s concesdes aludi<strong>da</strong>s em pouco tempo<br />
n;io se despacharl mais na Alfindega madeiras e materiais, pois obedecen<strong>do</strong> a uma<br />
lei natural, o ginero chegari ao consumo pelo caminho mais curto e econ8mic0, sen<strong>do</strong><br />
este sem dGvl<strong>da</strong> o nlo pagamento de pesa<strong>do</strong>s direitos de importagio.<br />
InGtil C falar de fiscalizaqio pols ela C tlo dificil, que praticamente se pode<br />
chamar de impossivel.<br />
Em gineros irnporta<strong>do</strong>s a granel ni0 hi marcas nem nhmeros que os distingam<br />
e uma tibua, cangoiera ou telha <strong>do</strong> aparentemente iguais a outra telha, cangoiera<br />
ou tibua.<br />
. .....,. ... ......... . .....................<br />
Torna-se neceuario a proibiqlo a esias Companhias e empresas de depositarem<br />
o material que imporram corn esses favores em casas de negociantes destes gb neros, como atualmente acontece com a Companhia de Sanearnento <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de; mas<br />
sim terem elas seus depbitos e ca<strong>da</strong> um com urn fiscal <strong>do</strong> Governo, pois que mesmo<br />
assim serd dificil a fiscalizacio, atenden<strong>do</strong>-se a que as pequenas embarcaqBes que trazem<br />
de bor<strong>do</strong> para a terra e mesmo <strong>do</strong>s dep6sitos para as obras podem ser despa-<br />
- cha<strong>da</strong>s para qualquer pane, tornan<strong>do</strong>-se como ji se disse dificil a fiscalizali.50.<br />
Na meslna kpoca, ocorreu skria cpnten<strong>da</strong> entre a companhia e o governo,<br />
justamente a prop6sito <strong>do</strong>s dlreltos de importaq90. 0 piv8 <strong>da</strong><br />
quest30 foi o Decreto n? 947A, de 4 de novembro de 1890, promulga<strong>do</strong><br />
pel0 Ministro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, Rui Barbosa, que exigia o pagamento de direitos<br />
de alfindega de tu<strong>do</strong> quanto houvesse.de similar no pais,."e isto<br />
quer dizer de to<strong>do</strong> o materlal que o supllcante lmporta <strong>do</strong> estrangerroporque<br />
n30 hi material algum de constru~90 que n90 tenha similar no pals ..."<br />
-afirmava Sauer.<br />
Em <strong>do</strong>cumento dirigi<strong>do</strong> a Deo<strong>do</strong>ro <strong>da</strong> Fonseca, em setembro de<br />
1891, Sauer argumentava Gue o decreto n90 podia ter efeito retroativo<br />
sobre as concessaes anteriores. Acusaya-o de ferir a Constituic;So, de trair<br />
a promessa de que os dlreitos adqu~rl<strong>do</strong>s sob a inonarquia seriam respeita<strong>do</strong>s,<br />
e ameaqava:<br />
Entretanto, esta benfeitora empresa, que C uma <strong>da</strong>s poucas que efetivamente<br />
n30 se incorporara para a especulagio, e que hoje ostenta grandes Vilas e mora<strong>da</strong>s<br />
para o Proletaria<strong>do</strong> <strong>da</strong> Capital e que fora chama<strong>da</strong> a extinguir as estalagens e cor-<br />
tigos, ser6 forga<strong>da</strong> a uma liqui<strong>da</strong>glo desastrosa, na qua1 passarlo as Vilas construi<strong>da</strong>s<br />
para os operirios em mios de terceiros, que por ceno as alugario por prego qua-<br />
druplica<strong>do</strong> ...<br />
Alkm de protestar contra o fim <strong>da</strong> isenszo de direitos, Sauer reclamava,<br />
insistentemente, que os pregos <strong>do</strong>s alugukis fixa<strong>do</strong>s no decreto de<br />
concessa"~ impossibilitavam a construq90 de novas vilas operirias.<br />
Esses n30 foram os Gnicos atritos entre ? companhia-e o Esta<strong>do</strong>.<br />
Em maio, o Diretor <strong>da</strong>s Obras <strong>do</strong> Minlsterio <strong>do</strong> Interior, Comen<strong>da</strong><strong>do</strong>r<br />
Francisco Joaquim Bethencourt <strong>da</strong> Silva (por sinal, urn <strong>do</strong>s diretores<br />
<strong>do</strong> Banco Predial), entregou ao Ministro o resulta<strong>do</strong> de uma