15.04.2013 Views

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

148 o primeiro plano de m&amentos para a ciahie <strong>do</strong> Rw de Janeiro<br />

de Melhoramenros aL Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rw de Jankro, conten<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> arte central<br />

e <strong>do</strong>s bairros <strong>do</strong> Catete, Laranjeiras e Botafogo, com a previ<strong>do</strong> <strong>da</strong> agertura, reti-<br />

ficaplo ou alargamento de vdrias ruas, assim como <strong>da</strong> canalizapSo <strong>do</strong> rio <strong>da</strong>s Laran-<br />

jeiras e <strong>do</strong>s que banhavam Botafogo.<br />

ARQUIVO Geral <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro. adice 8&5-11, p. 1.<br />

Ibidem, p. 2.<br />

Em 1851, Maud fun<strong>do</strong>u a fibrica de gh para'a iluminap90 pGblica e <strong>do</strong>mbtica <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de, num pantanoso terreno <strong>da</strong> Rua S b Pedro <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de Nova (mais tarde Se-<br />

na<strong>do</strong>r EusCbio, hoje coberta pelo eixo <strong>da</strong> Presidente Vargas).<br />

A febre amarela mat?u <strong>da</strong> <strong>do</strong>s onze t6cnicos ingleses contrata<strong>do</strong>s para dirigir a fd-<br />

brica e acionar as maqulnas.<br />

Mais <strong>do</strong> que uma simples usina, constitufa ela um conjunto, no ual os empry<strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong> companh~a trabalhmm, residiam e se divertiam, com$lblioteca,<br />

jar Im, cozinhas, botica e tanques para a lavagem de roupas disposi 90 de<br />

suas familias. Havia nela um <strong>do</strong>rmitbrio coletivo para os acende<strong>do</strong>res cfe lami6es<br />

e outro para os escravos (...).<br />

elanta<strong>do</strong>s os primeiros alicerces de sw fibrica, tratara Maud de transformar<br />

num ver<strong>da</strong>deiro canal a anti a vala ue corria entre as d u ruas ~ <strong>do</strong> "aterra<strong>do</strong>":<br />

a de S30 Pedro e a <strong>do</strong> ~abto <strong>da</strong> ei<strong>da</strong>de Nova.<br />

SANTOS, F.A.N. /s.d./ p. 175-6.<br />

0s trabalhos foram executa<strong>do</strong>s pelo engenhkiro Ginty, diretor t6cnico <strong>da</strong> fdbrica,<br />

construtor, depois, <strong>da</strong> primeira estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Tijuca.<br />

Surgiu, assim, o canal <strong>do</strong> Mangue, que nascia no Rocio Pequeno (Prapa XI), percorria<br />

600 brapas at6 a Ponte <strong>do</strong>s Marinheiros, aonde chegava a praia lamacenta de<br />

SSo Diogo.<br />

A fdbrica de gas, seriamente <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong> por um temporal em 1864, foi transferi<strong>da</strong><br />

a um rupo ingles que, por sua vez, a repassou, em 1886, h Societ6 Anonyme'du<br />

Gas k capital belga.<br />

As ireas pantanosas <strong>do</strong> saco de SSo Diogo, ao none <strong>do</strong> canal, foram recupera<strong>da</strong>s na<br />

d6ca<strong>da</strong> de 1890 pela Empresa de Melhoramentos <strong>do</strong> Brasil e pela companhia imobilidria<br />

e de bondes <strong>do</strong> comen<strong>da</strong><strong>do</strong>r Francisco Eugho.<br />

0s engenheiros <strong>da</strong> ComissSo de Melhoramentos recomen<strong>da</strong>vam a rejeipio de to<strong>do</strong>s<br />

os projetos referentes h recuperaplo e prolon amento <strong>do</strong> canal <strong>do</strong> Mangue ji apresenta<strong>do</strong>s<br />

at6 aquela <strong>da</strong>ta (1875), ao Minlstlrio !a Agicultura, Com6rcio e Obras Piblicas<br />

e ao MinistCrio <strong>do</strong> Implrio por diversas empresas particulares.<br />

ARQUIVO Geral <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro. G5dice 865-11, p. 6.<br />

Transcorria nos anos setenta intensa polemica acerca <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de introduzir<br />

melhoramentos t6cnicos para aumentar a produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> lavoura cafeeira <strong>do</strong> vale<br />

<strong>do</strong> Paraiba, que jl se ressentia <strong>da</strong> exaustao <strong>da</strong>s terras e <strong>da</strong> escassa e envelhecimento<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res escravos. Pro ugnar or rnelhoramentos tkcnicos, quan<strong>do</strong> a escravi<strong>da</strong>o<br />

jd tinha seus dias contafos, irnpEcava tamblm a defesa <strong>da</strong> imigapPo estraneira<br />

e <strong>do</strong> trabalho assalaria<strong>do</strong>.<br />

bar outro la<strong>do</strong>, essa parte <strong>do</strong> projeto tinha o pro Qito de incentivar a fabricapzo<br />

de mdquinas e implementos agrfcolas, 0 parque exposifaes localiza-se nas proximi<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> area portukia, onde tendiam a se concentrar oficinas e manufaturas.<br />

ARQUIVO Geral <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro. G5dige 80-5-11. p. 6.<br />

Vimos que a "disposipio interna" <strong>da</strong>s casas coloniais - aquelas que os mestresde-<br />

-obra ortugueses estavam habitua<strong>do</strong>s a construir - obedeciam a uma lbgica determinad!,<br />

em Sltima instincia, pelas relapdes sociais exravistas, nas quais assentava a<br />

uni<strong>da</strong>de <strong>do</strong>m6stica e a estrutura <strong>da</strong> familia patriarcal.<br />

Agora, isso era repudia<strong>do</strong> como "defeito", "irregulari<strong>da</strong>de", manifestap90 de "n9o<br />

civilizapSo". Impunha-se, assim, uma nova 16 ica, referi<strong>da</strong> aos problemas concretes<br />

<strong>da</strong> side e reprodusfo <strong>da</strong> popula~90, e visant!o, tambhm, a abertura de novas condutos<br />

de circula~So entre a casa e o <strong>do</strong>minio piblico.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!