Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
a & htabitacional nu passagem para o olpiralismo e o trabalho assakaria<strong>do</strong> 135<br />
Quan<strong>do</strong> n?lo explorava diretamente o cortiso, o proprieti~io desfrutava<br />
de uma ren<strong>da</strong> e <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de obter ganhos especulativos importantes<br />
com o yerreno, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> localiza<strong>do</strong> em lreas que<br />
tendlam a se valorizar, como o centro e a zona sul. Caso o 1m6vel fosse<br />
desapropria<strong>do</strong> - como na 6 oca de Pereir? <strong>Passos</strong> - podia obter uma in-<br />
deniza~30 vantajosa, sob a f orma de dinheiro ou ent3o de titulos que Ihe<br />
asseguravam a permanencia de sua ren<strong>da</strong>.<br />
Na rela 90 de 1876, constam entre os proprietlrios de coryisos muitas<br />
personali d ades e institui~aes ilustres <strong>do</strong> ImpCrio. Na freguesla <strong>da</strong> G16ria,gor<br />
exemplo, figuram, is vezes corn mals de urn conigo, o Banco<br />
Pre ial, a Santa Casa <strong>da</strong> Miseric6rdia, os conselheiros Jose Feliciano de<br />
Castilho e Simaes <strong>da</strong> Silva, um rocura<strong>do</strong>r, um juiz de 6rfZos ... at6 mesmo<br />
o cansul <strong>da</strong> Ar entina, Manue P de Frias, era propr~etirio de um cortlgo<br />
na Rua <strong>da</strong> Car ota, corn quatro quartos1?<br />
NOTAS<br />
B<br />
1. ENGELS, F. 1979.<br />
2. MARX, K. 1972, libro 1, p. 70.<br />
3. ARQUIVO Geral <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro. C6dice 44-2-7, f. 1-4.<br />
4. Idem, c6dice 41-3-36, 2 folhas.<br />
5.<br />
6.<br />
SOARES, S.F. 1977, p. 198-9.<br />
AR UIVO Geral <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Rio de Janeiro. C6dice 44-2-7, f. 9-14.<br />
Jod B creira Rego, Bar30 <strong>do</strong> Lavradio, era um <strong>do</strong>s mais renorna<strong>do</strong>s representantes<br />
db corpo mCdico liga<strong>do</strong> A institucionaliza~30 <strong>da</strong> medicina social. Doutorou-se em<br />
1837, pela Academia MCdiceCirGr~ica <strong>do</strong> Rio de Janeiro, onde fun<strong>do</strong>u a cadeira de<br />
patologia geral; foi presidente perpetuo <strong>da</strong> Academia Imperial de Medicinl; fezrne<br />
<strong>da</strong> Cornis30 Central de SaGde Publica, nomea<strong>da</strong> pelo govern0 no auge <strong>da</strong> epi ernla<br />
de 1850 e <strong>da</strong> Junta Central de Higicne PGblica, ue presidiu em 1864. Ocupou os<br />
cargos dc inspctor de SaGde <strong>do</strong>s l'ortos, de verealor <strong>da</strong> CPmara Municipal <strong>do</strong> Rio<br />
de Janeiro, penenceu ao Conselho <strong>do</strong> Impera<strong>do</strong>r e ocu ou o alto posto de medico<br />
efetivo <strong>da</strong> Imperial CPmara. Foi membro <strong>do</strong> Inaituto Ristbrico e Geogrifico Brasileiro,<br />
ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> investi<strong>do</strong> <strong>do</strong> titulo de bar30 por decreto de 23 de setembro de 1874,<br />
e de bar30 corn grandeza pelo decreto de 19 de dezembro de 1877.<br />
7. Jurandir Freire Costa transcreve um "co~~selho higiZ.nico" <strong>da</strong> Cpoca, advertin<strong>do</strong> os<br />
visitantes europeus <strong>do</strong> perigo que as casas ter,reas representavam:<br />
A habitas30 em casas tCrreas 6 sempre uma <strong>da</strong>s piores, principalmente no Brasil,<br />
cuja temperatura C respeitlvel, porque o ar carre a<strong>do</strong> de miasmas que se<br />
desprendern <strong>da</strong>s matlrias animais e vegetais em putre&sfo ocu a por seu peso<br />
especlfico canla<strong>da</strong>s inferiores <strong>da</strong> atmosfera e exerce sua as50 JletCria. Entretanto,<br />
que a altura de um primeiro an<strong>da</strong>r C quanto basta para pdr ao abrigo<br />
o homem destes efeitos nocivos (...).<br />
COSTA, J.F. 1979, p. 111.<br />
8. Por que eram libcra<strong>da</strong>s? Por serem ruas menos valoriza<strong>da</strong>s? Su onho que, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as<br />
dificul<strong>da</strong>des de transporte e as relaf6es de produ~Io vigentes, bsse impossivel impedir<br />
drasticamentc a concentrag30 de residincias e neg6cios no centro. Teria que<br />
ser um process0 gradual. Com relasfo aos nnrros, a tolerincia poderia ser atribu~<strong>da</strong><br />
a duas razdes: eram mais ventila<strong>do</strong>s, o que os tornava mais salubres; eram menos<br />
valoriza<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que as lanfcies por onde se expandia a malha urbana, inclusive pelas<br />
dificul<strong>da</strong>des tecnicas cfe construqao em encostas.