Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
o inirio <strong>do</strong> procem de "rnode~niur~~o" no Rio de Janeiro 41<br />
ses, revoluciona<strong>do</strong>s tambem pela yande indhstria capitalista, desponta-<br />
ram no merca<strong>do</strong> mundial como serios concorrentes. As economias ca-<br />
pitalistas centrais, Inglaterra e Franga sobretu<strong>do</strong>, langaram-se vorazmente<br />
a conquista de novas.fontes de mathias-primas e novos merca<strong>do</strong>s para<br />
seus produtos e capitals. 0 capital financeiro alastrou seus tenticulos pel?<br />
regides mais diversas <strong>do</strong> globo, enquanto que as <strong>do</strong>utrinas de superiori-<br />
ade racial e determinism0 geogrifico exaltavam a sangrenta partilha <strong>da</strong><br />
ifrica e a ocupaglo <strong>da</strong> Asia, em proveito tambbm <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />
onde a revolug5o industrial progredia celeremente.<br />
Impulsiona<strong>do</strong> pelas ferrovias e a navegaGo a vapor, o comCrcio mun-<br />
dial cresceu num ritmo sem procedentes, ao passo que deixava de ser, ca<strong>da</strong><br />
vez mais, o aspect0 principal <strong>da</strong>s relagdes econ8micas internacionais, como<br />
registra Sergio Silva:<br />
A passagem <strong>do</strong> capitalismo a um estlgio superior de seu desenvolvimento<br />
caracteriza-se precisarnente (...) pelo papel <strong>do</strong>minante que a partir dessa +oca passa<br />
a ser desempenha<strong>do</strong> eias exportafdes de capitais (...) 0 capital 1190 se l~mita mais<br />
i troca de produtos; %usca agora se apropriar <strong>da</strong> pr6pria produ~9o a nivel internaciona12.<br />
A ampliag5o <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> internacional e as ofensivas <strong>do</strong> imperia-<br />
lismo tiveram como um de seus pressupostos bisicos a modernizaglo de<br />
economias perifkricas como a brasileira, que foram aparelha<strong>da</strong>s para res-<br />
ponderem aos novos fluxos de matkrias-primas e produtos industrializa-<br />
<strong>do</strong>s requeri<strong>do</strong>s pela acumula 30 <strong>do</strong> capital em escala mundial.<br />
Ain<strong>da</strong> segun<strong>do</strong> Sergio Si f va, durante to<strong>do</strong> o Segun<strong>do</strong> Reina<strong>do</strong>, o Bra-<br />
sil recorreu amplamente aos emprestimos externos, que serviram:<br />
(...) direta ou indiretamente para o financiamento <strong>da</strong> imigrac;lo massiva de<br />
trabalha<strong>do</strong>res - e portanto para a organiza.90 de um merca<strong>do</strong> de trabalho no Brasil<br />
-para a constru~lo de numerosa atra<strong>da</strong>s b ferro, para a implantag90 de virios outros<br />
servi~os publicos e industriais, tais como a eletrici<strong>da</strong>de, o gk, os transportes urbanos,<br />
etc, sem falar na pr6pria construc;lo e consoli<strong>da</strong>flo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>'.<br />
Aos einprestimos - uma <strong>da</strong>s primeiras formas de exportaglo de capitais,<br />
e nesse perio<strong>do</strong>, a forma <strong>do</strong>minante no Brasil - somavam-se os investimentos<br />
diretos, sobretu<strong>do</strong> no setor de servisos.<br />
Tais transformagaes consagraram o sudeste como a regi3o politica,<br />
econblnica e culturalmente hegembnica no ais. Acentuaram as desigual<strong>da</strong>des<br />
de crescimento econ8mico regional, /' avorecen<strong>do</strong> a reprodug50 de<br />
rela~ZIes de dependtncia em Smbito interno. Entretanto, o deslocamento<br />
<strong>da</strong> lavoura <strong>do</strong> cafe, as aiteragdes nos processes de produg30 alia<strong>da</strong>s is novas<br />
formas de recrutamento <strong>da</strong> mzo-de-obra iriam cindir o sudeste, num<br />
espaco de tem o nl0 muito longo, numa lrea escravista decadente e uma<br />
lrea de fazen 1 as capitalistas dinlmicas. Esse confront0 entre o Vale <strong>do</strong><br />
Paraiba, que alcaniou o auge de suas possibili<strong>da</strong>des de expanslo na d6ca<strong>da</strong><br />
de 1870, e o Oeste Paulista, que rapi<strong>da</strong>mente se projetou, a partir