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Pereira Passos: Um Haussman - Portal da Prefeitura da Cidade do ...

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esta<strong>do</strong>, capital priva<strong>do</strong> e crise habitacional 155<br />

Em troca, pediam iseng30 <strong>do</strong> pagamento <strong>da</strong> dicima urbana, <strong>do</strong>s direitos<br />

de transmiss90 de proprie<strong>da</strong>de, <strong>da</strong>s taxas de arruamento e edificaglo,<br />

a instala~90 gratuita <strong>da</strong> canaliza$io de esgotos e um liltimo ponto extremamente<br />

importante, o <strong>do</strong>minio Gtil sobre terrenos pliblicos e o direito<br />

de desapropria 90 por util~<strong>da</strong>de pGblica <strong>do</strong>s terrenos e prCdios necesslrios<br />

para a reafiza 50 <strong>do</strong> projeto.<br />

0 Decreto d e outubro de 1885, conceden<strong>do</strong> a Vieira Souto e Antonio<br />

Domingues os favores <strong>do</strong> Decreto Legislativo de 1882, estipulava,<br />

entre outras coisas, o prazo de <strong>do</strong>is mesespara a apresentasso <strong>do</strong>s planos<br />

<strong>do</strong>s edificios e outros trCs meses para o in~cio <strong>da</strong>s constru~$es - o que demonstra<br />

a urgkncia com que o governo esperava obter as novas casas salubres<br />

ara a gente pobre.<br />

dncedia isen lopor 20 anos <strong>do</strong> impasto predial para or prCdios<br />

construi<strong>do</strong>s. ~ontuso, incluia uma exigtnsia que to<strong>do</strong>s or concessionirios<br />

considerariam im raticlvel: a empresa faria A sua custa a demoli~Zo<br />

<strong>do</strong>s cortisos condena t os pelas autori<strong>da</strong>des sanitlrias e ain<strong>da</strong> por cima indenizaria<br />

os proprietlrios <strong>da</strong> importlncia <strong>do</strong>s materiais e <strong>da</strong> mlode-obra<br />

(A indenizaflo seria calcula<strong>da</strong> por peritos, com recurso para arbitramento<br />

judicial).<br />

Assim, o governo imperial retendia matar <strong>do</strong>is coelhos - alih, trCs<br />

- com uma caja<strong>da</strong><strong>da</strong> sb: por urn P a<strong>do</strong>, promovia uma oferta de casas salubres,<br />

a presos tabela<strong>do</strong>s e, ao mesmo tempo, livrava-se <strong>do</strong> Bnus de demolir<br />

os cortisos que iriam desaparecen<strong>do</strong>, progressivamente, A medi<strong>da</strong><br />

que se expandisse, a indhstria subvenciona<strong>da</strong>. Por fim, n5o transgredia o<br />

sacrossanto rinclpio d? proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> - e os<strong>do</strong>nos de corti~os, por<br />

mais especu f a<strong>do</strong>res e vis que fossem, :ram proprletlrlos.<br />

Em dezembro de 1885, os concessionhrios apresentaram o plano <strong>da</strong>s<br />

habitasaes e, um ano depois, a Inspetoria Geral de Higiene aprovava-os,<br />

recomen<strong>da</strong>n<strong>do</strong> que lhes fosse reserva<strong>do</strong> "lugar condigno entre os planos<br />

at6 entZo apre~enta<strong>do</strong>s"~. S6 em fevereiro de 1887, obtiveram aprova$io<br />

definitiva. Era longa e tortuosa a tramitasgo burocrltica desses projetos.<br />

Quase um ano e meio depois, em setembro de 1888, Vieira Souto, associa<strong>do</strong><br />

agora ao arquiteto Luis Schreiner, solicitava nova.conces<strong>do</strong>, assepran<strong>do</strong><br />

que granjeara a adeseo de importantes capital!stas e adquirira<br />

vasta Area de terrenos muito prbxima <strong>do</strong> centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de para constr~ir"~.<br />

A. ra59o <strong>do</strong> atraso era o impasse surgi<strong>do</strong> entr: V. Souto e outros<br />

conces~ionarios com o governo em torno <strong>da</strong> exigCncia de que as empresas<br />

demolissem os cortisos condena<strong>do</strong>s pelas autorl<strong>da</strong>des sanitirias, na proporq5o<br />

<strong>da</strong>s habita~bes ue fossem construin<strong>do</strong>.<br />

Essa cllusula foi aerro a<strong>da</strong> pela Lei n? 3.349, de 2OllOl1887, e sb<br />

depois disso Vieira Souto a d quirlu 9s menciona<strong>do</strong>s terrenos.<br />

Entretanto, sua companhia n!o fo! a frente, como a maioria <strong>da</strong>s cor)cessacs<br />

que roliferaram, em maior numero, durante o tumultua<strong>do</strong> perlo<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Encil g amento.<br />

A Companhia de Saneamento <strong>do</strong> Rio de Janeiro, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> por Arthur<br />

Sauer, foi uma <strong>da</strong>s poucas que levaram d pitria os seus planos9.

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