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VALLOIS E O FUTURO DAS “RAÇAS HUMANAS”<br />

"Os fenômenos de expansão e regressão que acabamos de descrever estarão no<br />

fim? Em outros termos, poder-se-á supor que a distribuição racial chegou hoje a um<br />

estado de equilíbrio e já não muda na sua essência, tanto que o mapa das raças<br />

atualmente existentes permaneceria válido por muito tempo? A resposta não admite<br />

dúvidas. Não só não existe razão alguma para que os processos já em andamento<br />

paralisem, mas tudo faz supor que, se nenhum acidente vier bruscamente destruir ou<br />

modificar a civilização européia, eles só poderão aumentar. A multiplicação<br />

extraordinária das facilidades de transporte, a febre de prospecção e de exploração de<br />

todas as riquezas do solo terrestre, a necessidade paradoxal de uma mão-de-obra cada<br />

vez mais numerosa, à medida que o maquinismo se desenvolve, são outras tantas causas<br />

tendentes a suprimir as últimas barreiras que ainda protegem algumas raças. Que essa<br />

multiplicação de contactos entre todos os homens oferece perigo para os grupos<br />

antropológica e culturalmente primitivos, o exemplo do passado indica-o<br />

eloquentemente.<br />

É de se esperar que o período em que uma raça destruía outra pela violência, está<br />

encerrado, — embora exemplos recentes mostrem que, nessa matéria, seria imprudente<br />

presumir demasiado — mas, a maioria das causas de extinção mencionadas num dos<br />

parágrafos precedentes, nem por isso deixarão de subsistir; a enorme desproporção de<br />

número entre as raças invasoras e as invadidas, acarretará a absorção do que restar<br />

destas últimas. Não estaremos muito errados prevendo que daqui a um ou dois séculos, e<br />

provavelmente menos, os bochimanos, os hotentotes, os ainu, os australianos, os<br />

polinésios, os negritos terão terminado sua existência como raças independentes. A sua<br />

única possibilidade de salvação seria a criação de “reservas” análogas às já instituídas<br />

para as espécies animais em via de extinção Porém, nesse setor, o homem prefere<br />

conceder a sua proteção aos bichos, a concedê-la aos seus semelhantes!”<br />

Qualquer semelhança entre o último parágrafo do texto de Vallois com uma<br />

passagem escrita por Darwin em seu “A Origem do Homem”, não é mera coincidência. Os<br />

evolucionistas, por suas convicções exageradas no progresso das civilizações, sempre<br />

previram a extinção das “raças” que, segundo eles, retrocederam durante o processo<br />

evolucionário.<br />

“Em algum período futuro não muito distante se medido em séculos, as raças<br />

civilizadas do homem exterminarão e substituirão, quase com certeza, as raças selvagens<br />

em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... serão sem dúvida<br />

exterminados. A brecha entre o homem e seus parentes mais próximos será ainda mais<br />

larga, pois ela se abrirá entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do<br />

que o próprio caucasiano, e algum macaco tão inferior quanto o babuíno, em vez de,<br />

como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila” (Charles Darwin: “The Descent of<br />

Man”, p. 178).<br />

É isso!<br />

Charles Darwin e Edir Macedo: confronto<br />

ideológico<br />

Não, não pensem que Edir Macedo se inspirou em<br />

Darwin para construir seu império financeiro. De forma<br />

alguma!<br />

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