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"A julgar de tudo o que sabemos do homem e dos animais inferiores, sempre tem<br />
havido uma suficiente variabilidade em suas faculdades morais e intelectuais para um<br />
progresso seguro através da seleção natural.Sem dúvida, tal progresso requer muitas<br />
circunstâncias favoráveis convergentes; mas não é certo que a mais favorável teria sido<br />
suficiente, no caso em que a taxa de incremento não tivesse sido rápida e a consequente<br />
luta pela existência extremamente dura” (p. 172).<br />
[...]<br />
"Isto se torna evidente também pelo que vemos, por exemplo, nas zonas da<br />
América do Sul, onde um povo que pode ser chamado de civilizado, como os colonos<br />
espanhóis, está sujeito a tornar-se indolente e a retroceder, quando as condições de vida<br />
são muito fáceis. No que toca às nações altamente civilizadas, num nível subordinado,, o<br />
contínuo progresso depende da seleção natural: com efeito, tais nações não se<br />
sobrepujam e exterminam mutuamente como fazem as tribos selvagens” (p. 172).<br />
[...]<br />
"Não obstante isto, os membros mais inteligentes, no seio da mesma comunidade,<br />
terão mais êxito com o correr do tempo do que os menos inteligentes, e terão prole mais<br />
numerosa; e isto não deixa de ser uma forma de seleção natural. As causas mais eficazes<br />
do progresso parecem consistir numa boa educação durante a juventude, quando a<br />
mente é suscetível de ser formada, e num alto nível de excelência, imposto pêlos homens<br />
mais capazes e melhores, incorporado nas leis, costumes e tradições da nação e reforçado<br />
pela opinião pública” . Contudo, deve-se ter presente que a consolidação da opinião<br />
pública depende da apreciação que fizermos da aprovação e desaprovação dos outros.<br />
Esta apreciação é fundada na nossa simpatia que, indubitavelmente, originariamente se<br />
desenvolveu através da seleção natural como um dos mais importantes elementos dos<br />
instintos sociais” (p. 172).<br />
[...]<br />
"Os habitantes da Terra do Fogo foram provavelmente forçados por outras hordas<br />
de conquistadores a estabelecer-se na sua terra não hospitaleira e podem<br />
conseqüentemente ter regredido, mas seria difícil provar que tenham decaído mais do<br />
que os botocudos, que habitam a melhor parte do Brasil.<br />
A prova de que todas as nações civilizadas descendem daquelas bárbaras,<br />
encontramo-la, de um lado, em traços claros da sua primitiva baixa condição, nos<br />
costumes, ideias e língua ainda existentes, e por outro lado, na prova de que os selvagens<br />
são independentemente capazes de soerguer-se de qualquer grau na escala da civilização<br />
e atualmente efetivamente se ergueram” (p. 173).<br />
[...]<br />
"Em geral se crê que a mulher supera o homem na intuição, na maneira rápida<br />
como entende as coisas e talvez na imitação, mas pelo menos algumas dessas faculdades<br />
são características das raças inferiores e por conseguinte de um estágio de civilização<br />
mais baixo e já ultrapassado” (p. 649).<br />
[...]<br />
"A distinção principal nos poderes mentais dos dois sexos reside no fato de que o<br />
homem chega antes que a mulher em toda ação que empreenda, requeira ela um<br />
pensamento profundo ou então razão, imaginação, ou simplesmente o uso das mãos e<br />
dos sentidos. Se houvesse dois grupos de homens e mulheres que mais sobressaíssem na<br />
poesia, na pintura, na escultura, na música (trate-se da composição ou da execução), na<br />
história, nas ciências e filosofia, não poderia haver termos de comparação. Baseados na<br />
lei do desvio da média, tão bem ilustrada por Galton em seu livro Hereditary Genius,<br />
podemos também concluir que, se em muitas disciplinas os homens são decididamente<br />
superiores às mulheres, o poder mental médio do homem é superior àquele destas<br />
últimas” (p. 649).<br />
[...]<br />
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