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A "seleção natural" de Hitler<br />

Discorrendo sobre Charles Darwin, mais<br />

exatamente acerca de suas idéias aplicadas à<br />

sociedade, escreveu o professor e biólogo<br />

(darwinista) da Universidade de São Paulo, Nélio<br />

Bizzo, em “O que é Darwinismo” 80 : “A aplicação de<br />

sua teoria ao homem, ou, mais propriamente, e<br />

extensão ao organismo humano dos valores<br />

burgueses de propriedade privada e acumulação,<br />

resultou no que se chamou eugenia. O<br />

melhoramento da raça através de recomendações da eugenia eram os ideais do nazismo.<br />

O Estado Nazista não era portanto nada mais do que um Estado capitalista onde a<br />

melhoria do corpo dos cidadãos fazia parte da estratégia global de aumento do<br />

produtividade.<br />

Hitler garantia procriação aos cidadãos alemães e possuíssem cabelos loiros, boa<br />

estrutura, queixo bem formado, nariz fino a arrebitado, olhos claros e profundos e pele<br />

rosado. Os homens selecionados poderiam ingressar na tropa de elite, a SS, e poderiam<br />

ter o número de filhos que desejassem, sem precisar casar. O Estado cuidaria de criar e<br />

educar tais crianças, segundo os ideais do nazismo.<br />

A trajetória do nazismo é bem conhecida. As Câmaras de gás e os seis milhões de<br />

assassinatos, também...”<br />

É sabido que, dentre os conceitos pelos quais Charles Darwin se deixou guiar para<br />

fundamentar sua teoria sobre evolução, três deles são destaques:<br />

1. Seleção Natural (aleatória e sem a intervenção humana ou divina);<br />

2. Sobrevivência do mais apto ou mais forte (“a lei do mais forte”);<br />

3. Seleção doméstica ou artificial (a melhoria realizada pelo homem no<br />

melhoramento das raças domésticas. A Seleção Natural foi extrapolada a partir da Seleção<br />

Artificial, com acréscimos de dados adicionais).<br />

Pois bem. Estando a examinar o mais repugnante de todos os livros escritos durante<br />

toda a história da Humanidade, o bestial “Minha Luta” 81 (“Mein Kampf”), não tive muita<br />

dificuldade em observar que o ditador nazista Hitler também se utilizou, a seu próprio<br />

modo, tais conceitos, por exemplo, ao proclamar a “supremacia” dos arianos e a<br />

conseqüente extinção das “raças” que ele denominou de “inferiores.” Vejamos os exemplos:<br />

1. “A própria natureza costuma agir no sentido de limitar o aumento de<br />

população de determinadas terras ou raças, em épocas de grandes necessidades<br />

ou más condições climáticas, bem como de pobreza do solo; e isso com um método tão<br />

sábio quão inexorável. Ela não impede a capacidade de procriação em si e sim, porém, a<br />

conservação dos rebentos, fazendo com que eles fiquem expostos a tão duras provações<br />

que o menos resistente é forçado a voltar ao seio do eterno desconhecido, o que ela deixa<br />

sobreviver às intempéries está milhares de vezes experimentado e capaz de continuar a<br />

produzir, de maneira que a seleção possa recomeçar. Agindo desse modo brutal contra<br />

o indivíduo e chamando-o de novo momentaneamente a si, desde que ele não seja capaz<br />

de resistir à tempestade da vida, a natureza mantém a raça, a própria espécie, vigorosa e<br />

a torna capaz das maiores realizações.”<br />

[...]<br />

2. “A natureza terá de prestar auxílio de novo e proceder à seleção entre os<br />

escolhidos, destinados a viver; ou então é o próprio homem que a si mesmo se<br />

auxilia, lançando mão do impedimento artificial de sua reprodução com todas as graves<br />

conseqüências para a raça e para a espécie. Poder-se-á ainda objetar que esse futuro está<br />

85

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