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Poupando o Popper mais uma vez<br />

Seis razões pelas quais o darwinismo não pode ser<br />

considerado ciência segundo os critérios de Karl Popper:<br />

1. Não é capaz de fazer predições e, portanto, não se expõe à<br />

refutação, ou seja, ao teste empírico ou à experimentação.<br />

Sendo assim, segundo Popper, o darwinismo é apenas um<br />

“programa metafísico de pesquisa.”<br />

2. Estruturalmente o darwinismo é pura tautologia, pois<br />

afirma que os mais aptos ou mais adaptados a um ambiente<br />

tendem a sobreviver e se reproduzir em maior número,<br />

transmitindo assim aos seus descendentes suas<br />

características. A tautologia, portanto, consiste no fato de<br />

"aqueles que têm sobrevivido com maior freqüência tendem a sobreviver.” É a mesma<br />

cousa, por exemplo, que afirmar que “as cadeiras são cadeiras” ou que “os aviões grandes<br />

são aviões grandes .” Ademais, não tem poder explicativo e, consequentemente, também<br />

não possui poder de antecipação. Resumindo: se determinada geração sobrevivente não<br />

sobreviver para além dela é porque não se adaptou às novas condições ambientais.<br />

3. Por se tratar de um programa metafísico de pesquisa, o darwinismo, portanto, não pode<br />

ser refutado. No máximo, pode ser discutido e avaliado criticamente.<br />

4. Popper não despreza o darwinismo, muito pelo contrário, considera-o uma inestimável<br />

doutrina metafísica.<br />

5. Para Popper toda remissão a Darwin dá-se fundamentalmente em bases estritamente<br />

lógico-filosóficas, e não científicas, no sentido de ser empiricamente testado.<br />

6. Resumindo, o darwinismo, na OBRA de POPPER (não na "cartinha"), seria assim uma<br />

teoria metafísica irrefutável e, daí, segundo o próprio Popper: um "programa metafísico de<br />

pesquisa.”<br />

E poupe o Popper!<br />

É isso!<br />

Mendel e os “sanguessugas de Darwin”<br />

“Perigosos iconoclastas” era o rótulo que os<br />

imediatos herdeiros de Darwin aplicavam ao modelo<br />

mendeliano logo em seus primórdios. Sobre isso discorre<br />

Albert Jacquard, em “Elogio da Diferença”: "No começo<br />

deste século, portanto, era total o divórcio entre o<br />

evolucionismo, tal como fora desenvolvido pelos<br />

sucessores de Darwin, e a genética, tal como os biólogos estavam começando a defini-la,<br />

depois de terem finalmente descoberto os trabalhos de Mendel. A evidência da<br />

transformação progressiva das populações e das espécies, de sua adaptação, parecia em<br />

oposição com a estabilidade dos genes que constituem os “átomos”, indivisíveis, quase<br />

inalteráveis, do patrimônio hereditário. Os que aceitavam o modelo mendeliano eram<br />

considerados antidarwinianos e, portanto, perigosos iconoclastas.” 374<br />

“Mas é assim que se faz ciência”, diriam os sanguessugas de Darwin. Ou seja,<br />

quando é conveniente eles sugam (chupam, sorvem, extorquem, subtraem) as experiências<br />

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