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a seleção natural para explicar o sucesso dos negros em climas quentes. Partindo do<br />

costumeiro e inconfessado pressuposto racista de que a pele branca é adequada e<br />

primordial, Wells imagina que os habitantes originais da África eram mais claros do que<br />

os seus descendentes atuais. Ele explica a mudança por meio da seleção natural e até<br />

mesmo invoca o argumento favorito de Darwin, o da analogia com a seleção artificial,<br />

tal como praticada por criadores de animais: "Aqueles que se dedicam à melhoria de<br />

animais domésticos, quando encontram indivíduos que possuem, num grau maior que o<br />

comum, as qualidades que eles desejam, cruzam um macho e uma fêmea destes, tomam<br />

então os melhores da sua prole como novo plantei e desse modo prosseguem, até<br />

chegarem tão perto do resultado em vista quanto permite a natureza das coisas. Mas o<br />

que é feito aqui pela arte, parece ser feito, com igual eficácia, embora mais lentamente,<br />

pela natureza, na formação das variedades do gênero humano, adaptadas ao território<br />

que elas habitam."<br />

[...]<br />

“Talvez os darwinistas mais apaixonados sintam-se frustrados por saber que seu<br />

ídolo não fora assim, digamos, tão maravilhosamente original. Darwin não elaborou sua<br />

teoria à bordo do Beagle. Na verdade, como diz Gould, ele embarcou criacionista e voltou<br />

como tal. Seu livro “A Origem as Espécies” não foi fruto de uma originalidade<br />

pleonasticamente singular ou de uma inspiração psicografada pela natureza, como<br />

sonham a galerinha ouriçada de Darwin. Na verdade, o conceito de “evolução” já era<br />

utilizado inclusive na antiga Grécia. Muitos estudiosos, por exemplo, apontam os gregos<br />

Empédocles (que viveu de 490 a 430 a.C.) e Heráclito (que morreu por volta de 480 a.C.)<br />

como aqueles que primeiro conceberam a idéia de evolução. Portanto, como diz o sábio<br />

Salomão: “Nada há de novo sobre a terra!”<br />

Sim, é bem verdade que, quando se abandona a “paixão desvairada”, o movimento<br />

impetuoso da alma, o gosto muito vivo e a acentuada predileção pelo grande ídolo, um<br />

sentimento de frustração e decepção pode ferir o coração. Não sei como os sociobiologistas<br />

explicariam isto, mas, talvez Freud enfie aí o seu “Édipo”, ou quiçá, Darwin bote nisso<br />

"sua" seleção natural, e pronto! ((rs))<br />

É isso!<br />

Seleção Natural como "Entidade<br />

Substitutiva"<br />

Para o “evo psy” Daniel Dennett, a Seleção<br />

Natural "foi simplesmente a idéia mais brilhante que a<br />

humanidade já teve"!<br />

Quando examinamos os tradicionais livros<br />

sobre teoria da evolução, dos mais variados autores,<br />

notamos com facilidade que de todos os mecanismos evolutivos ad infinitum, a Seleção<br />

Natural sobressai majestosamente como a “senhora absoluta da natureza.”<br />

Em geral atribui-se à Seleção Natural o “poder de escolha.” Na verdade, no próprio<br />

termo “seleção” já está inserido o sentido de “escolha.” Segundo o dicionário que faço uso,<br />

seleção é o ato ou efeito de selecionar; escolha criteriosa e fundamentada. Nada tão<br />

contraditório, afinal, desde que instante causas naturais têm necessariamente “poder de<br />

escolha”? Se o processo é cego, não guiado e não inteligente, como pode ele escolher ou<br />

selecionar alguma coisa? Ou seja, por este critério a Seleção Natural tem as mesmas<br />

características de um “agente selecionador."<br />

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