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atenção. Na classe dos mamíferos, os machos possuem rudimentos de um útero com o<br />

canal adjacente na vesícula prostática; apresentam além disto alguns rudimentos de<br />

tetas e alguns machos dos marsupiais possuem traços do saco marsupial.”<br />

[...]<br />

"Devemos então supor que alguns mamíferos muitíssimo antigos continuaram a<br />

ter caracteres andróginos, depois de terem adquirido as principais diferenciações da sua<br />

classe e por conseguinte depois de se terem diferenciado das classes inferiores do gênero<br />

dos vertebrados? Parece muito improvável, porque devemos chegar aos peixes, a classe<br />

mais baixa, para encontrar alguma forma andrógina ainda existente.”<br />

[...]<br />

"O fato de que diversas partes acessórias, próprias de cada um dos sexos, se<br />

encontrem em rude condição no sexo oposto, pode ser explicado com o fato de que tais<br />

órgãos têm sido gradualmente adquiridos por um sexo e depois transmitidos ao outro em<br />

condição mais ou menos imperfeita.”<br />

É isso!<br />

O valor semântico da palavra<br />

“evolução”<br />

O embaraço dos darwinistas com a palavra<br />

“evolução” é simplesmente jibóico. Por mais que<br />

tentem desassociá-la do conceito de “progresso”,<br />

esbarram-se diante do fato de que seu uso inicial<br />

tinha exatamente esta finalidade, ou seja, a de<br />

denotar a ação ou resultado de progredir, a marcha ou movimento para diante, o<br />

desenvolvimento ou continuidade de uma ação, e por aí vai. O dilema é de tal monta que<br />

alguns professores de Biologia, constrangidos com a realidade semântica atrelada ao uso<br />

deste termo, já sugerem algo como “Teoria da Transmutação”, “Teoria da Adaptação”,<br />

“Teoria da Transformação” etc.<br />

A palavra “evolução”, portanto, parece não fazer sentido sem seu vínculo com<br />

“progresso”, uma vez que foi exatamente dessa maneira que se utilizou Darwin ao escrever<br />

todas suas obras e estabelecer sua teoria. Em “A Origem das Espécies e a Seleção Natural”<br />

ele deixa isso bem claro: “A seleção natural atua exclusivamente no meio da conservação<br />

e acumulação das variações que são úteis a cada indivíduo nas condições orgânicas e<br />

inorgânicas em que pode encontrar-se colocado em todos os períodos da vida. Cada ser, e<br />

é este o ponto final do progresso, tende a aperfeiçoar-se cada vez mais relativamente a<br />

estas condições. Este aperfeiçoamento conduz inevitavelmente ao progresso gradual da<br />

organização do maior número de seres vivos em todo o mundo. Mas referimo-nos aqui a<br />

um assunto muito complicado, porque os naturalistas ainda não definiram, de uma<br />

forma satisfatória para todos, o que deve compreender-se por ‘um progresso de<br />

organização’. Para os vertebrados, trata-se claramente de um progresso intelectual e de<br />

uma conformação que se aproxime da do homem. Poder-se-ia pensar que a soma das<br />

alterações que se produzem nas diferentes partes e nos diferentes órgãos, por meio de<br />

desenvolvimentos sucessivos desde o embrião até à maternidade, basta como termo de<br />

comparação...” 234<br />

No que diz respeito ao homem em especial, o conceito de evolução como progresso<br />

constitui-se a própria essência da doutrina; do contrário, não seria possível explicar o<br />

desenvolvimento moral e intelectual do homem a partir de sua condição semi-humana. Em<br />

“A Origem das expressões no homem e nos animais”, isso fica patente: “Nos humanos,<br />

217

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