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Não há a menor dúvida que o darwinismo se tornou numa verdadeira máquina de<br />

fazer dinheiro. A Paleontologia, por exemplo, como bem escreveu Gould, tornou-se no<br />

“segredo do negócio.” Uma infinidade de pesquisadores, nesta e em outras áreas, tem feito<br />

da “evolução” sua única fonte de renda. Não é de hoje que os grandes centros<br />

universitários têm investido cada vez mais em pesquisas relacionadas às teorias de Darwin,<br />

elevando assim o nível financeiro de muita gente. As editoras também tiraram e continuam<br />

tirando sua fatia desse bolo. São milhares de livros relacionados ao assunto, os quais<br />

periodicamente são expostos nas estantes das livrarias, como os de Richard Dawkins, que<br />

já faturou muita grana com "as coisas da evolução.” O mercado da “evolução” expande-se a<br />

cada osso encontrado numa caverna. Portanto, a manutenção do darwinismo como<br />

“ciência de fato” não envolve apenas os ideais da razão, como fantasiam muitas pessoas<br />

deslumbradas com o "maravilhoso mundo de Darwin.” Seu status como “ciência”<br />

necessariamente passa pelo vil metal. Exclua-se o darwinismo das salas de aulas, retire-lhe<br />

o brilho e o esplendor de ciência, subestime sua capacidade explicativa, façam desmoronar<br />

seus edifícios epistêmicos, arranquem-lhes esse doce encantamento, e verás aluguéis<br />

atrasados, nomes arranhados, bolsos esvaziados e muitos avisos: “fechado para balanço.”<br />

É isso!<br />

Charles Darwin, Alfred Wallace<br />

e a Seleção Natural<br />

Pouca importa se quem primeiro<br />

idealizou o conceito de Seleção Natural foi<br />

Darwin, Wallace ou outro qualquer. No que<br />

tange à formação e evolução das espécies este<br />

mecanismo (o remédio para todos os males na<br />

natureza) há tempo se mostrou frágil e<br />

insuficiente. Na realidade, se não fora o<br />

comprometimento ideológico dos defensores de Darwin, a Seleção Natural há muito teria o<br />

mesmo legado que a antiga flogística ou que a velha e carcomida teoria do éter. Seja como<br />

for, o fato é que Charles Darwin aproveitou-se muito bem da Seleção Natural, com a qual<br />

aplicou com grande êxito seu famigerado chavão “sobrevivência do mais apto.” A posição<br />

sócio-econômica de Darwin na sociedade inglesa foi sem dúvida preponderante e decisiva<br />

para que ele, e não Wallace (ou outro qualquer) fosse aclamado como o legítimo “criador<br />

da Seleção Natural” ou o "pai da evolução.” Ao Wallace restava o amargo gosto da derrota,<br />

que ele por sorte soube camuflar com uma modéstia salvadora. Antes o segundo lugar do<br />

que o pleno esquecimento. Seria perda de tempo atacar de frente os poderosos clãs<br />

Wedgwoods e Darwins. A assim sobreviveu o “mais apto.”<br />

Bom. O famoso "bulldog de Darwin", Thomas Henry Huxley, foi um dos que, na<br />

história do darwinismo, mais colaboraram na criação do mito da “originalidade de<br />

Darwin.” Em um de seus ensaios, por exemplo, ele discorre sobre esta questão, pondo-se<br />

como sempre na apaixonada defesa de seu grande mestre. Escreveu ele:<br />

“O crítico que queira atacar o sr. Darwin só precisa ler a sua obra com a vontade<br />

de observar os seus defeitos e não os seus méritos, e ele encontrará facilmente mais<br />

sugestões adversas do que provavelmente seriam sugeridas pela sua própria argúcia,<br />

sem a ajuda da auto-abnegação do sr. Darwin.<br />

Ora, essa qualidade de sinceridade científica não é tão comum a ponto de ser<br />

desencorajada; a meu ver, ela merece um tratamento diferente daquele adotado pelo<br />

revisor, que trata o sr. Darwin como um velho advogado trataria um homem contra o<br />

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