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inexpressivo, pois eles não franzem o cenho por alguma emoção especial — pelo menos<br />

até onde pude observar, e eu o fiz cuidadosamente. Franzimos o cenho, uma das mais<br />

importantes expressões para o homem, contraindo os corrugadores, ou seja, abaixando e<br />

unindo as sobrancelhas, o que forma os vincos verticais na testa" (p. 124).<br />

[...]<br />

"A grande capacidade que o gorila, vários babuínos e alguns outros macacos têm<br />

de mexer o escalpo merece atenção com relação à capacidade, atávica ou adquirida, que<br />

alguns poucos homens têm de mover voluntariamente seu escalpo" (p.125).<br />

[...]<br />

"Nunca fui capaz de perceber se as sobrancelhas de macacos espantados<br />

permaneciam erguidas, apesar de mexerem-se incessantemente para cima e para baixo.<br />

A atenção, que precede o espanto, é expressa pelo homem com um discreto levantar das<br />

sobrancelhas" (p. 126).<br />

[...]<br />

"O sr. Sutton observou para mim um jovem orangotango e um chimpanzé durante<br />

um considerável período de tempo; e por mais que ficassem espantados, ou enquanto<br />

ouvissem atentamente algum ruído estranho, eles não abriam a boca. É um fato<br />

surpreendente, pois no homem não há expressão mais difundida do que ficar boquiaberto<br />

quando espantado. Até onde pude observar, os macacos respiram mais facilmente pelo<br />

nariz do que o homem; e isso pode explicar por que não abrem a boca quando<br />

espantados. Como veremos num próximo capítulo, o homem age dessa maneira, quando<br />

sobressaltado, a princípio para fazer uma inspiração mais profunda, e em seguida, para<br />

respirar tão silenciosamente quanto possível" (p. 126).<br />

[...]<br />

"Dizemos que às vezes uma ideia engraçada faz cócegas na imaginação; e essas<br />

assim chamadas cócegas da mente são curiosamente parecidas com as do corpo. Todos<br />

sabem como as crianças riem desenfreadamente e seus corpos se contorcem quando<br />

sentem cócegas. Os macacos antropóides, como vimos, também soltam um som<br />

reiterado, que corresponde ao nosso riso quando sentem cócegas, especialmente nas<br />

axilas" (p.171).<br />

[...]<br />

"Orangotangos e chimpanzés jovens protraem os lábios num grau extraordinário,<br />

como descrevemos em capítulo anterior, quando estão descontentes, um tanto irritados,<br />

ou amuados; também quando estão surpresos, um pouco assustados e mesmo quando<br />

sentem certa satisfação. Aparentemente, sua boca se protrai com a finalidade de<br />

produzir os diversos sons correspondentes a cada um desses estados de espírito; e sua<br />

forma, como pude observar no chimpanzé, difere um pouco no momento de emitir os<br />

gritos de prazer ou de raiva. Tão logo esses animais ficam furiosos, a forma de suas<br />

bocas se modifica inteiramente, e os dentes são expostos. Dizem que o orangotango<br />

adulto, quando ferido, emite "um grito singular, que se inicia com notas agudas que vão<br />

se transformando em ronco grave. Enquanto solta as notas agudas, ele protrai os lábios<br />

em forma de funil, mas nas notas graves deixa a boca bem aberta.” No gorila,<br />

aparentemente o lábio inferior é capaz de se alongar muito. Portanto, se nossos<br />

ancestrais semi-humanos protraíam os lábios quando amuados ou um pouco irritados —<br />

da mesma maneira como o fazem os atuais macacos antropóides —, não é um fato<br />

anômalo, ainda que curioso, nossas crianças exibirem resquícios da mesma expressão<br />

quando no mesmo estado de espírito, juntamente com certa tendência a produzir ruído"<br />

(p. 198).<br />

[...]<br />

"A fúria manifesta-se das mais variadas maneiras. O coração e a circulação<br />

sempre são atingidos; o rosto fica vermelho ou roxo, com as veias da testa e pescoço<br />

dilatadas. O enrubes cimento foi observado entre os índios de pele cor de cobre da<br />

América do Sul, 'e mesmo, como dizem, nas cicatrizes brancas de ferimentos antigos em<br />

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