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profundidade aparecem quais reminiscências de emoções e pensamentos de uma era<br />
remota” (p. 657).<br />
2 - Darwin realçou as diferenças raciais entre grupos humanos, incluindo o<br />
negro, colocando-o como "subespécie":<br />
“Apliquemos agora estes princípios geralmente admitidos às raças humanas,<br />
considerando-os com o mesmo espírito de um naturalista com relação a todo outro<br />
animal. Ao considerar o conjunto das diferenças entre as raças devemos ter em devida<br />
conta a nossa fraca capacidade de discriminação alcançada com um longo hábito de<br />
observarmos a nós mesmos... Assim é que na forma, as mais diferentes raças humanas<br />
são muito mais semelhantes entre si do que se poderia supor à primeira vista; certas<br />
tribos negras abrem exceção... Não existe, contudo, nenhuma dúvida de que as várias<br />
raças, se comparadas e medidas com cuidado, diferem muito... uma da outra — como no<br />
tipo dos cabelos, nas proporções relativas de todas as partes do corpo, no volume dos<br />
pulmões, na forma e dimensão do crânio e assim também nas circunvoluções do<br />
cérebro... As raças diferem também na constituição, na aclimatação, na circunstância de<br />
serem suscetíveis a certas doenças. As suas características mentais são igualmente<br />
bastante distintas, em primeiro lugar pelo que poderia aparecer nas suas faculdades<br />
emocionais, mas em parte por suas faculdades intelectuais... Se um naturalista que antes<br />
nunca tivesse visto um negro, um hotentote, um australiano ou então um mongol devesse<br />
estabelecer um cotejo entre eles, imediatamente veria que diferem por uma multidão de<br />
caracteres, alguns de pouca importância, ao passo que outros de importância<br />
considerá-vel... O nosso hipotético naturalista, tendo ido tão longe assim em sua<br />
investigação, poderia em seguida pesquisar se as raças toda vez em que se cruzam são de<br />
alguma maneira estéreis. Poderia consultar a obra do prof. Broca, um prudente e<br />
imparcial observador, na qual poderia encontrar uma ótima prova de que algumas<br />
raças são completamente férteis, acasalando-se entre si, mas daria também com uma<br />
prova de natureza oposta em relação a outras raças... Os aborígenes americanos, os<br />
negros e os europeus são tão diferentes entre si intelectualmente quanto o podem ser três<br />
raças quaisquer. No entanto, ficava incessantemente surpreso, enquanto convivia com os<br />
fueguinos a bordo do "Beagle", diante dos pequenos traços de caráter os quais<br />
demonstravam como o seu cérebro era semelhante ao nosso; a mesma coisa vale para<br />
um sangue puro, do qual sucedeu outra vez tornar-me amigo íntimo...<br />
3 – Subestimando seus dotes artísticos:<br />
“Vimos que as faculdades musicais, que nunca estão inteiramente ausentes em<br />
nenhuma raça, são suscetíveis de um desenvolvimento pronto e eficaz; com efeito os<br />
hotentotes e os negros se tornaram excelentes músicos, apesar de nos seus países nativos<br />
raramente se praticar algo que possa ser considerado música” (p. 656).<br />
Para ficar só nisso...<br />
Quanto a Adrian Desmond e James Moore, não vou fazer mais que menção ao fato<br />
de que tais autores são ambos darwinistas apaixonados pelo naturalista inglês. Basta<br />
lembrar que uma das mais extensas biografias a respeito de Darwin foi escrita por ambos:<br />
“Darwin: a vida de um evolucionista atormentado” 61. Da qual, aliás, é possível extrair<br />
algumas passagens que contrastam com a "nova revelação" da “causa sagrada.” Por<br />
exemplo:<br />
“Assim, o peneiramento continuava, talvez menos violentamente mas não menos<br />
efetivamente. O trabalho de Galton sobre a hereditariedade mental convencera-o. Os<br />
membros mais inteligentes dentro da mesma comunidade terão maior sucesso em<br />
relação aos menos inteligentes, e deixarão uma prole numerosa, e essa é uma forma de<br />
seleção natural.<br />
O progresso agora dependia de “uma boa educação durante a juventude, época em<br />
que o cérebro é impressionável” combinado com “um alto padrão de excelência, inculcado<br />
pelos homens mais aptos e melhores.”<br />
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