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sentido diverso. Exemplificando, seria perfeitamente correto descrever como hipótese um<br />
diagnóstico médico, embora essa hipótese tenha caráter histórico e singular, e não<br />
caráter de lei universal. Dito de outra maneira: o fato de que todas as leis da natureza<br />
são hipóteses não deve contribuir para que olvidemos que nem todas as hipóteses são leis<br />
– e que, em particular, as hipóteses históricas são, em geral, enunciados singulares (não<br />
universais) a respeito de um evento individualizado ou de um grupo de eventos<br />
individualizados.<br />
Existe uma lei de evolução? Pode haver uma lei científica no sentido pretendido<br />
por T. H. Huxley quando ele escreveu: “(...) deve ser apenas meio filósofo aquele que (...)<br />
duvida de a ciência, mais cedo ou mais tarde, (...) vir a englobar a lei da evolução das<br />
formas orgânicas – a ordem invariável da grande cadeia de causas e efeitos (...) cujos<br />
elos são todas as formas orgânicas, passadas e presentes (...)”?<br />
Creio que a resposta a essa pergunta deve ser “Não” e que a busca da lei da ordem<br />
invariável, na evolução, está impossibilitada de ver-se abrangida pelo escopo do método<br />
científico, seja em Biologia, seja em Sociologia. As razões que sustentam minha crença<br />
são muito simples. A evolução da vida na Terra (como a evolução da sociedade humana)<br />
é um processo histórico peculiar. Esse processo – podemos admiti-lo tem lugar em<br />
consonância com todos os tipos de leis causais, como, digamos, as leis da mecânica, da<br />
Química, da hereditariedade e da segregação, da seleção natural, e assim por diante. Sua<br />
descrição, entretanto, não é uma lei, mas apenas um enunciado histórico singular. As leis<br />
universais fazem afirmações a propósito de alguma ordem invariável, como sugere<br />
Huxley, ou seja, fazem afirmações a propósito de todos os processos de determinado tipo.<br />
Não há razão, é claro, que nos impeça, a partir de um caso particular único, de formular<br />
uma lei universal; também não há razão para supor que não possamos, se tivermos<br />
sorte, atingir uma verdade. Contudo, é óbvio que qualquer lei – seja qual for o modo que<br />
conduziu à sua formulação – deve ser submetida a testes, perante novos casos, antes de<br />
ver-se admitida no reino da ciência. Mas não podemos esperar submeter a testes uma<br />
hipótese universal, como não podemos encontrar uma lei natural aceitável, se nos<br />
confinamos à observação de um processo peculiar e único. A observação de um processo<br />
peculiar e único também não pode ajudar-nos a prever seu futuro desenvolvimento."<br />
É isso!<br />
Sexo...para quê?<br />
Embora raro, às vezes acontece de um<br />
darwinista manifestar publicamente suas dúvidas<br />
ante o “fato inconteste” da Teoria da Evolução.<br />
Mormente eles são especialistas em esconder suas<br />
mazelas epistêmicas sob a falsa máscara da ciência,<br />
concentrando em Darwin toda explicação possível<br />
para os mais diversos fenômenos observados na<br />
natureza. Num desses fóruns populares da Internet, por exemplo, numa comunidade<br />
exclusivamente darwinista denominada “Evolução” 206 (com mais de dez mil membros, a<br />
maioria com formação na área de Biologia, e um reduto quase absoluto de bajuladores<br />
submissos do naturalista inglês), um estudante da ciência biológica manifestou sua<br />
“angústia evolutiva” num âmbito no qual o darwinismo leva de goleada: o sexo:<br />
“Desde que eu entrei no curso de biologia e desde que estudo as teorias de Darwin<br />
nada me intriga mais do que a questão do sexo. Sempre entendi que os animais fazem<br />
relações sexuais para que haja a perpetuação da espécie, mas nunca entendi como isso<br />
ocorre, por exemplo, um grupo de cachorros que persegue uma cadela no cio estaria<br />
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