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Hitler garantia procriação aos cidadãos alemães que possuíssem cabelos loiros,<br />

boa estrutura, rosto estreito, queixo bem formado, nariz fino e arrebitado, olhos claros e<br />

profundos e pele de um branco rosado. Os homens selecionados poderiam ingressar na<br />

tropa de elite, a SS, e poderiam ter o número de filhos que desejassem, sem precisar<br />

casar. O Estado cuidaria de criar e educar tais crianças, segundo os ideais do nazismo.”<br />

(p 70).<br />

É isso!<br />

Dos primórdios do darwinismo em<br />

Portugal<br />

O texto a seguir (“O homem e a theoria de<br />

Darwin” 119), escrito em 1906 (24 anos após a<br />

morte de Darwin) pelo português Antonio de<br />

Carvalho, muito mais do que refletir a ortografia<br />

vigente em Portugal naquele dado momento,<br />

revela a influência e o crescimento dos ideais<br />

darwinistas nos círculos acadêmicos em todo o<br />

mundo nos primórdios do século XX. Por suas características ideológicas, cuja essência era<br />

o materialismo filosófico, o darwinismo logrou enorme influência entre os intelectuais da<br />

época, os quais viam nas idéias de Darwin, muito mais do que o reflexo daquilo que ocorria<br />

na Natureza, um poderoso aliado no combate ao “obscurantismo religioso” vigente.<br />

Se atentarmos bem para o conteúdo da tese, não será difícil notar que muitos dos<br />

conceitos defendidos pelo o autor ainda permanecem, mesmo em pleno século XXI, bem<br />

atuais no âmbito da teoria evolucionista. Dentre tais conceitos, destacam-se:<br />

1. Exaltação exagerada ao gênio de Charles Darwin;<br />

2. O transformismo como uma doutrina inabalável;<br />

3. A Seleção Natural como principal veículo no processo de transformação das espécies;<br />

4. A persistência do lema darwiniano: “strugle for life”, “luta pela vida”, “bellum omnium<br />

contra omnes” etc.<br />

Um outro aspecto que também prende a atenção no texto, diz respeito à crença na<br />

hereditariedade dos caracteres, da forma como pensava Lamarck e o próprio Darwin.<br />

Lembrando que o autor de “A Origem das Espécies” elaborou sua própria teoria da<br />

hereditariedade (chamada Pangênese), no mesmo instante histórico em que o monge<br />

Gregor Johann Mendel trazia à tona as leis fundamentais da genética.<br />

Mas, vejamos o que andou escrevendo o “nosso irmão” Antonio Carvalho: "Embora<br />

antes de Charles-Robert Darwin, alguns biologistas tivessem já amontoado factos em<br />

abono d'esta these, é certo que foi Darwin, celebre biologista inglez, a intelligencia lúcida<br />

que reunindo todos os factos conhecidos, organisou com bases scientificas seguras e com<br />

um critério inabalável, a hypothèse das transformações, dos individuos ou antes, das<br />

espécies.<br />

Como se chegava a estas transformações? Era em primeiro logar, por meio da<br />

selecção natural, consequência forçada do meio, do regimen e de varias outras causas:<br />

em segundo logar, por meio da hereditariedade das modificações produzidas que era de<br />

resto, o principal sustentáculo da selecção.<br />

Mas façamos em poucas palavras, um resumo da hypothèse de Darwin. As leis<br />

fundamentaes, leis claramente d'observação que lhe servem de base, são as seguintes: a<br />

lei da reproducção, lei geral que depende sobretudo da grandeza do animal e do seu<br />

género de vida; a lei da hereditariedade, exarando a hereditariedade dos caracteres<br />

adquiridos e a hereditariedade na epocha correspondente; a lei das correlações de<br />

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