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Quando tudo acaba em Darwin<br />

Ainda está para surgir uma teoria com tamanha<br />

abrangência “explicativa” quanto a Teoria da Evolução!<br />

No Prefácio do livro de Charles Darwin, “A expressão<br />

das emoções no homem e nos animais”, o cientista Konrad<br />

Lorenz, em rastejante encômio ao naturalista, não me deixa<br />

mentir quanto a isto. Escreveu ele: “Arrisco-me a afirmar<br />

que qualquer forma de estrutura ou comportamento,<br />

mesmo as mais provocantemente inacreditáveis, pode ser<br />

entendida, pelo menos em princípio, como o resultado da<br />

pressão seletiva exercida por sua função de sobrevivência<br />

específica. Estamos sempre prontos a perguntar "Para<br />

quê?", o que para nós não implica professar uma teleologia<br />

mística. Quando perguntamos: "Para que o gato tem unhas<br />

curvas e retráteis?", e respondemos: "Para pegar ratos com elas!", estamos simplesmente<br />

afirmando, de maneira resumida, que pegar ratos era a função primordial cuja enorme<br />

importância para a sobrevivência criou gatos com essa particular formação das unhas, e<br />

que ela o fez pelo mesmo processo de seleção por meio do qual um criador humano<br />

produz linhagens de galinhas capazes de ter uma enorme produção de ovos, ou<br />

pequineses com minúsculos focinhos.” E mais adiante: “Em outras palavras, um homem<br />

como Darwin sabe muito mais do que pensa saber, e não surpreende que as<br />

consequências de seu conhecimento cheguem tão longe em diferentes direções. Diferentes<br />

áreas da pesquisa biológica foram inspiradas por ele, e cada uma delas o considera, com<br />

razão, seu originador e pioneiro. O que surpreende é a extensão com que pesquisas<br />

adicionais, baseadas em hipóteses de Darwin e estendendo-as em todas as direções<br />

imagináveis, têm invariavelmente confirmado seu acerto em todos os pontos essenciais."<br />

264<br />

Ansiedade, depressão, suicídio, egoísmo, paixão, homossexualidade, guerra,<br />

altruísmo, celibato, religiosidade, etc. nada há que não tenha sido devidamente explorado<br />

pelos devotos de Darwin. A especulação darwinista é de tal monta que não duvido que já<br />

exista por aí uma teoria própria para explicar a dor-de-cotovelo. A Teoria da Evolução<br />

tornou-se assim numa verdadeira panacéia epistêmica, que explica tudo sem explicar<br />

nada.<br />

Divulgou-se tempos atrás que algo similar a um córtex cerebral existe em um tipo<br />

específico de verme. É óbvio que numa pesquisa desse viés o darwinismo não poderia ficar<br />

de fora. Segundo um de seus pesquisadores, Detlev Arendt: “Pode-se dizer que a<br />

topografia é tão similar que o humano e o verme devem vir de um ancestral comum." 265<br />

Do mesmo modo que no Brasil tudo costuma acabar em pizza, em muitos ramos da ciência<br />

já se tornou comum tudo acabar em Darwin.<br />

São tantas as áreas de atuação dos pesquisadores darwinistas (classificação,<br />

paleontologia, anatomia comparada, embriologia, homologia, genética, biogeografia,<br />

antropologia, psicologia, sociologia etc.) que é praticamente impossível organizar uma<br />

confrontação verdadeiramente definitiva sobre os diversos “dados” em questão. Daí não<br />

ser a Teoria experimentalmente “refutável”, segundo os critérios de Karl Popper.<br />

É isso!<br />

254

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