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Fleming, Albert Sabin ou Wilhelm Conrad Röntgen? Por que então a ênfase dada à Seleção<br />
Natural pela mídia é infinitamente mais comum do que, por exemplo, a descoberta do RX<br />
e a Lei da Gravitação Universal? O que justificaria dar-se a Darwin muito mais honra do<br />
que a Wilhelm Röntgen? Mesmo excluindo as descobertas médicas, por que a mídia,<br />
especialmente a mídia tupiniquim, coloca Isaac Newton em segundo plano, dando ao<br />
naturalista inglês Charles Darwin um glamour digno apenas das grandes celebridades?<br />
Ora, a resposta é tão óbvia que o termo óbvio seria assim completamente<br />
desnecessário!<br />
Charles Darwin, antes de qualquer cousa propôs, não uma nova ciência, mas uma<br />
"nova" ideologia. Ele fincou a base daquilo que se conhece por naturalismo filosófico, como<br />
uma reação aos ideais criacionistas que imperavam no seu tempo. E isso ele deixa bem<br />
claro no seu livro “A Origem do Homem e a Seleção Sexual” 258 , quando discorre acerca dos<br />
motivos que o levou a escrever seu outro livro “A Origem das Espécies”: "Seja-me<br />
permitido dizer, como justificativa, que tinha em mente dois assuntos distintos: o<br />
primeiro, o de que as espécies não haviam sido criadas separadamente; e o segundo, o de<br />
que a seleção natural tinha sido o agente principal das mudanças, embora largamente<br />
coadjuvado pêlos efeitos hereditários dos hábitos e claramente pela ação direta das<br />
condições ambientais. Contudo, não tenho sido capaz de neutralizar a influência da<br />
minha primitiva opinião, então quase universal, de que cada espécie fora criada<br />
intencionalmente e isto levou ao tácito assentimento de que todo particular da estrutura,<br />
com exceção dos rudimentos, tivesse uma determinada utilidade, embora desconhecida.<br />
Todo aquele que assim pensasse, naturalmente poderia estender em muito a ação da<br />
seleção natural, tanto no passado como no presente. Alguns daqueles que admitem o<br />
princípio da evolução, mas rejeitam a seleção natural, ao tecerem críticas ao meu livro<br />
parecem esquecer que eu tinha pelo menos dois objetivos em mente. Com efeito, se me<br />
equivoquei ao atribuir à seleção natural uma excessiva importância, a qual hoje estou<br />
bem longe de admitir, ou se lhe exagerei o poder que em si mesmo é provável, pelo menos<br />
espero ter prestado um bom serviço, ajudando a pôr por terra o dogma das criações<br />
separadas."<br />
É isso!<br />
Darwinismo: entre fatos e boatos<br />
É sabido que o epistemólogo Karl Popper<br />
chegou a contestar a Teoria da Evolução como<br />
experimentalmente “refutável.” Essa conclusão está<br />
fundamentada no fato de tal teoria ser constituída por<br />
um vasto conjunto de enunciados, e de tal modo que<br />
se torna praticamente impossível organizar uma<br />
confrontação verdadeiramente definitiva com os<br />
diversos “dados” em questão. Por exemplo: dados decorrentes da classificação, da<br />
paleontologia, da anatomia comparada, da genética, da embriologia, da biogeografia etc.<br />
A seguir, analisemos de maneira sucinta alguns pilares darwinistas. Vejamos, pois, o<br />
que se pode extrair de cada um deles. Esta análise se dará sob a base do neodarwinismo,<br />
que é o gradualismo rígido e estrito, e norteia-se por alguns pontos abordados por um<br />
darwinista em um desses banais debates da Internet.<br />
PALEONTOLOGIA:<br />
Stephen Jay Gould em nenhum momento chegou a negar a evolução. Quando faço<br />
menção de dele não é para contestar a evolução, mas para apontar as fragilidades<br />
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