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Sobre os "darwinistas de Deus"<br />
O chamado Evolucionismo Teísta diz respeito<br />
a uma vertente darwinista que busca conciliar a<br />
Teoria da Evolução com a crença numa divindade.<br />
Segundo seus defensores, em algum instante no<br />
misterioso processo que culminou na origem da<br />
vida, lá esteve Deus dando o seu “pontapé inicial.”<br />
Francis Colins, um dos que defendem esta<br />
posição, explica: “Para povoar este universo antes<br />
estéril com criaturas vivas, Deus escolheu o mecanismo distinto da evolução para criar<br />
micróbios, plantas e animais de todos os tipos. O mais extraordinário é que ele escolheu,<br />
propositadamente, o mesmo mecanismo para originar criaturas especiais que teriam<br />
inteligência, conhecimento de certo e errado, livre-arbítrio e desejo de afinidade com Ele.<br />
Deus também sabia que esses seres, ao fim, optariam por desobedecer à Lei Moral.” E<br />
prossegue: “Esse ponto de vista é totalmente compatível com tudo o que a ciência nos<br />
ensinou sobre o mundo natural. É também totalmente compatível com as grandes<br />
religiões monoteístas do mundo. A perspectiva da evolução teísta não pode, é claro,<br />
provar que Deus existe, assim como nenhum argumento lógico pode fazê-lo<br />
completamente. A crença em Deus sempre exigirá um salto de fé. Contudo, essa síntese<br />
proporcionou, a legiões de cientistas que acreditam em Deus, uma perspectiva<br />
satisfatória, consistente e enriquecedora, que permite uma coexistência pacífica das<br />
visões de mundo científica e espiritual em nós. Essa perspectiva permite ao cientista que<br />
acredita em Deus realizar-se intelectualmente e sentir-se espiritualmente vivo, tanto ao<br />
idolatrar o Criador quanto ao utilizar os instrumentos da ciência para descobrir alguns<br />
dos admiráveis mistérios de Sua criação. ” 345<br />
A frase de Collins “essa perspectiva permite ao cientista que acredita em Deus<br />
realizar-se intelectualmente”, de outra maneira seria como dizer: “é a única maneira de<br />
juntar Deus e Darwin.”<br />
No meu “suspeito” modo entender, o Evolucionismo Teísta nasceu como resultado<br />
de uma forte pressão acadêmica a intelectuais religiosos ligados à ciência, os quais, para<br />
não se sentir como que “lutando contra o progresso científico” deram as mãos a Darwin, e<br />
com isso se mostraram a favor da razão, ao contrário da “retrógrada mitologia religiosa”,<br />
muito bem tipificada no Criacionismo literalista. Deve-se destacar que o evolucionismo<br />
exerceu e exerce um poder de influência extensivo e intensivo no meio acadêmico, e de tal<br />
maneira que “apenas uma pessoa ignorante e contrária à verdadeira ciência” é que rejeita a<br />
algo tão factual como a “evolução” (entenda-se “evolução” como a própria Teoria da<br />
Evolução). Quem já passou por uma universidade e estudou matérias relacionadas ao<br />
assunto, talvez tenha experimentado um pouco disso. Se sobreviveu a Darwin, deve ser um<br />
criacionista-literalista-fundamentalista-fanático. Do contrário, vira evolucionista teísta", e<br />
pronto: "torna-se intelectual, espiritual e cientificamente satisfeito.”<br />
É isso!<br />
Darwin: de bem com os católicos?<br />
Em 1996, o Papa João Paulo II afirmou diante da<br />
Academia Pontifícia das Ciências, que "a teoria da<br />
evolução é mais do que uma hipótese.” E, no ano em que<br />
se comemorou os 150 anos do “A Origem das Espécies”<br />
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