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Michael Ruse e o "canto da sereia de Darwin"<br />

Numa entrevista realizada pelo site espanhol “Desde ele Exilio”<br />

363, perguntou-se a Michael Ruse sobre como teria evoluído a teoria<br />

evolucionista. E sua resposta: “Obviamente o advento de Darwin em<br />

1859 foi importante, porque estabeleceu a evolução como um fato. O<br />

trabalho de Mendel, redescoberto em 1900 foi crucial, assim como a<br />

fusão da genética mendeliana e a seleção natural na década de 1930<br />

na criação do neodarwinismo. Desde então tem havido importantes<br />

mudanças, especialmente com a chegada da biologia molecular e o<br />

ápice do desenvolvimento da biologia evolutiva (evo devo).”<br />

Vejam só que interessante!<br />

Os darwinistas falam da genética mendeliana, uma teoria experimentalmente<br />

estabelecida, como se fosse uma consequencia óbvia das idéias de Darwin. Ora, é fato que<br />

nenhum dos mecanismos evolutivos teve a menor importância nas experiências realizadas<br />

por Mendel. A genética de Darwin baseava-se numa tal Pangênese, que hoje lhe renderia<br />

um belo “Darwin awards”, pela sua esquisitice.<br />

Os louros que deveriam ir para a “cabeça” do monge Gregor Mendel, foram<br />

darwinianamente colocados na “fronte” de Charles Darwin. No darwinismo não são apenas<br />

os "mais aptos" que sobrevivem, mas também os "mais espertos.”<br />

É isso!<br />

claro.<br />

Nietzsche, o Anti-Darwin<br />

Essa crítica de Friedrich Wilhelm Nietzsche ao<br />

darwinismo, além de divertida, faz transparecer um<br />

pouco o modo como o naturalista inglês Charles<br />

Darwin concebia a evolução ao seu tempo, ou seja,<br />

uma “evolução” do tipo progressista (no sentido de<br />

“aperfeiçoamento ao longo dos tempos”), bem típica<br />

de filósofos como Herbert Spencer. O texto fora<br />

extraído de “A Vontade de Potência”, de Nietzsche, é<br />

Contra o darwinismo.<br />

A utilidade de um órgão não explica a origem; bem ao contrário!<br />

Enquanto é formada uma quantidade ela não conserva o indivíduo e nem lhe é<br />

útil, pelo menos na luta contra as circunstâncias exteriores e os inimigos. Que quer dizer<br />

útil, afinal de contas? E mister perguntar: “útil com relação a quê?”<br />

O que, por exemplo, é útil à duração do indivíduo poderá ser desfavorável à sua<br />

força e esplendor; o que conserva o indivíduo poderá simultaneamente retê-lo e<br />

imobilizá-lo na evolução. Por outra parte, um vício de conformação, uma<br />

degenerescência podem ser de maior utilidade, no sentido em que atuem como<br />

estimulantes dos outros órgãos. Da mesma sorte, um estado de necessidade pode ser uma<br />

condição de existência, no sentido que rebaixa o indivíduo a uma proporção em que se<br />

firma e não se desperdiça. — O indivíduo é o campo de batalha de suas diferentes partes<br />

(para a alimentação, espaço, etc.): sua evolução está ligada à vitória, à predominância<br />

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