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Vá lá, que seja assim que se faça ciência, todavia, é preocupante o fato de um<br />

estudante realizar uma pesquisa no Google e encontrar uma matéria como a que segue, a<br />

qual, além de ter sido publicada num site sobre educação, ainda está repleta de afirmações<br />

tendenciosas.<br />

Embora o fiasco evolutivo "Ida" tenha se tornado público, tudo aquilo que foi escrito<br />

anteriormente sobre ele ainda continua na Internet e, provavelmente em livros didáticos,<br />

podendo tornar-se fonte confiável para muitos estudantes desprevenidos. Penso que seria<br />

o caso de editor postar algum alerta em situações como essas, algo do tipo: "Esta<br />

informação está desatualizada", ou: "Este elo não é lá uma Mona Lisa" e por aí vai... O<br />

importante é que o aluno, ao deparar com um texto deste viés, saiba que a notícia não<br />

corresponde à verdade. No caso do livro didático a coisa é um pouco mais complexa, pois,<br />

embora possa haver reedições das obras, é fato que as edições anteriores permanecerão<br />

nas estantes das bibliotecas por tempo inderderminado e para livre consulta.<br />

É isso!<br />

"As feias que me perdoem, mas beleza é<br />

fundamental"<br />

Esta famosa frase de Vinícius de Moraes, embora<br />

politicamente incorreta, é excelente para explicar a evolução<br />

do homem sob a lógica do gradualismo ortodoxo darwinista.<br />

E para isso sirvo-me das diversas gravuras, as quais<br />

abundantemente povoam o fértil imaginário dos devotos de<br />

Darwin.<br />

Se atentarmos bem a árvore genealógica humana,<br />

como aquela divulgada na Wikipédia, notamos que a evolução<br />

seguiu-se num movimento ou marcha para adiante, sempre progressivamente. O homem,<br />

saindo de uma forma menos organizada, avança rumo ao ápice de sua evolução, muito bem<br />

refletido no branco europeu, preferencialmente os ingleses com o cérebro superior a 1.500<br />

gramas.<br />

Nos primórdios da Teoria da Evolução, o conceito de “mais evoluído” estava sempre<br />

associado à idéia de progresso e civilização. Darwin ao ver pela primeira vez os fueguinos,<br />

considerados por eles como selvagens e incivilizados, escreveu: “Jamais esquecerei o<br />

espanto que tive quando pela primeira vez vi uma reunião de fueguinos numa praia<br />

selvagem e impérvia, diante da ideia que logo me veio à mente — assim eram os nossos<br />

antepassados. Esses homens estavam completamente pelados e tinham o corpo pintado,<br />

com os longos cabelos emaranhados, as bocas espumavam de excitação e tinham uma<br />

expressão selvagem, apavorada e cheia de suspeita. Malmente tinham alguma arte e<br />

viviam como animais selvagens daquilo que conseguiam capturar e eram impiedosos<br />

com o que não fosse da sua tribo. Quem tiver visto um selvagem em sua terra nativa não<br />

sentirá muita vergonha se for constrangido a reconhecer que em suas veias corre o<br />

sangue das mais humildes criaturas” (“A Origem do Homem e a Seleção Sexual.” 124<br />

Outro aspecto interessante sobre esta questão, refere-se à evolução em termos de<br />

estética. A beleza vai progredindo segundo o aumento da inteligência e o desenvolvimento<br />

do cérebro (na época de Darwin, por exemplo, era muito comum ligar-se o tamanho do<br />

cérebro ao nível de inteligência da pessoa. Paul Broca e Francis Galton sabiam que alguém<br />

era civilizado baseando-se no peso e na dimensão de sua cachola).<br />

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