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pensando apenas em perpetuar a espécie? Penso que quase todos os seres vivos sentem<br />

prazer nas relações, assim como nós seres humanos; a perpetuação da espécie é uma<br />

conseqüência natural...”<br />

O sexo sempre foi uma tormenta para os ortodoxos discípulos de Darwin. Para<br />

começar, basta saber que na definição de espécie preferida dos darwinistas, a reprodução<br />

assexuada entra em cena para “chutar a barraca” dessa galera. Ademais, questões como às<br />

que seguem permanecem como um desafio aos "tarados" por Darwin:<br />

1. Como exatamente surgiram os órgãos sexuais dos seres vivos machos e fêmeas?<br />

2. Por que tudo ocorreu de maneira tão singularmente parecida em todos os grupos de<br />

seres vivos?<br />

3. Como pôde em grupos diferentes e em locais igualmente diferentes a evolução sexual ter<br />

ocorrido exatamente da mesma forma?<br />

4. Por que exatamente o sexo foi uma alternativa da Seleção Natural?<br />

5. Por que a Seleção Natural não optou pela reprodução assexuada, uma vez que a<br />

reprodução sexuada é incontestavelmente mais dispendiosa em termos biológicos?<br />

É isso!<br />

Natura non facit saltum?<br />

A frase latina Natura non facit saltum ("a<br />

natureza não dá saltos") sintetiza com maestria a crença<br />

de Darwin no gradualismo rígido e estrito. Em seu mais<br />

conhecido livro “A Origem das Espécies e a Seleção<br />

Natural” ele justifica o seu exagerado o apego a este<br />

axioma latino da seguinte forma:<br />

“Como a seleção natural atua somente<br />

acumulando variações ligeiras, sucessivas e favoráveis,<br />

não pode produzir modificações consideráveis ou<br />

súbitas; só pode agir a passos lentos e curtos. Esta<br />

teoria torna fácil de compreender o axioma: Natura<br />

non facit saltum, que cada nova conquista da ciência mostra logo todos os dias ser<br />

verdadeiro. Vemos ainda como, em toda a natureza, o mesmo fim geral é atingido por<br />

uma variedade quase infinita de meios; porque toda a particularidade, uma vez<br />

adquirida, é por muito tempo hereditária, e conformações diversificadas por muitos<br />

modos diferentes têm que adaptar-se ao mesmo fim geral.” 207<br />

Embora fosse o mais leal defensor do naturalista inglês, Thomas Huxley chegou a se<br />

opor textualmente à incondicional aceitação do Natura non facit saltum. Em “Darwiniana:<br />

a origem das espécies em debate”, argumenta: “Acreditamos que a posição do Sr. Darwin<br />

poderia ter sido mais forte s ele não tivesse se preocupado com o aforismo Natura non facit<br />

saltum (a natureza não dá saltos) que tantas vezes aparece em suas páginas. Também<br />

acreditamos, como já dissemos, que a Natureza, de vem em quando, faz saltos e o<br />

reconhecimento do fato não é de pequena importância na disposição de muitas objeções do<br />

fato à doutrina da transmutação.” 208 E mais adiante: "Realmente, sempre pensamos que o<br />

sr. Darwin criou um empecilho desnecessário ao aderir tão estritamente à sua citação<br />

favorita: Natura non facit saltum. Em nossa opinião, suspeitamos que, algumas vezes,<br />

ela faça saltos consideráveis com respeito à variação e que esses saltos dêem origem a<br />

alguns dos lapsos que parecem existir na séria de formas conhecidas.”<br />

"Stephen Jay Gould, em “O Polegar do Panda” faz referências a ambas as situações:<br />

o apego de Darwin ao aforismo latino e a suposta descrença de Huxley nele. Escreve: "Em<br />

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