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Criacionismo: uma invenção darwinista?<br />

Não, isso não é uma provocação aos criacionistas!<br />

Trata-se de uma tese defendida pelo cientista Emilio<br />

Cervantes (titular do Conselho Superior de Pesquisas Científicas,<br />

do Instituto de Recursos Naturais e Agrobiologia de Salamanca,<br />

Espanha).<br />

“Se afirmo que o criacionismo é uma invenção<br />

darwinista muitos dirão que estou louco ou que tal afirmativa é<br />

resultado de minha perturbação mental”, inicia assim seu artigo<br />

“El Criacionismo, invento darwinista. “Para começar”, segue:<br />

“não estou dizendo com isso que a fé ou a religião sejam<br />

invenções darwinistas. Nada disso. Muito pelo contrário, associar o ter fé (no sentido de<br />

ser crente ou professar alguma religião) com ser criacionista é um erro gravíssimo, um<br />

absurdo... ” 343<br />

Mais à frente aponta as razões que justifiquem a defesa de sua tese: “A hipótese<br />

parte da idéia de que os sistemas sociais, econômicos ou culturais dominantes, sempre<br />

usou a linguajem a seu favor, como ferramenta de dominação.” Ele faz menção, por<br />

exemplo, do fato de que o teor do verbete “Criacionista”, tanto na Wikipédia quanto na<br />

RAE (Real Academia Espanhola) foi uma invenção dos devotos de Darwin, e que tais<br />

definições não se ajustam a qualquer que seja a realidade. Na RAE, por exemplo:<br />

“Doutrina que, em contrapartida à teoria da evolução, defende que cada uma das<br />

espécies foi resultado de um ato particular da criação.”<br />

Mais adiante, indaga e conclui o cientista espanhol: “Quem mais se beneficia com a<br />

utilização do termo Criacionismo? A resposta surge de imediato: O darwinismo. Ao<br />

inventar um inimigo numeroso, bem disciplinado e sem argumentos científicos, os<br />

verdadeiros inimigos, cientistas bem preparados, desaparecem. Seus únicos e reais<br />

adversários carecem de critérios científicos. Mediante o desenvolvimento de um<br />

hipotético pensamento fundamentado em modelos “criacionistas” e, portanto,<br />

acientíficos, o darwinismo navega livremente pelo mar da ciência, o qual tem estado<br />

permanentemente à sua disposição. Na baiúca de seu transatlântico viaja sob seqüestro<br />

a Biologia.”<br />

E finaliza Cervantes afirmado, para surpresa de criacionistas e darwinistas, que foi o<br />

próprio Darwin quem primeiro fez uso da palavra “Criacionista.” Por exemplo, em carta a<br />

seus amigos Huxley e Lyell:<br />

CHARLES DARWIN TO T.H. HUXLEY.<br />

Ilkley, November 25th [1859].<br />

My dear Huxley,<br />

Your letter has been forwarded to me from Down. Like a good Catholic who has<br />

received extreme unction, I can now sing “nunc dimittis.” I should have been more than<br />

contented with one quarter of what you have said.<br />

Exactly fifteen months ago, when I put pen to paper for this volume, I had awful<br />

misgivings; and thought perhaps I had deluded myself, like so many have done, and I<br />

then fixed in my mind three judges, on whose decision I determined mentally to abide.<br />

The judges were Lyell, Hooker, and yourself.<br />

It was this which made me so excessively anxious for your verdict. I am now<br />

contented, and can sing my nunc dimittis. What a joke it would be if I pat you on the back<br />

when you attack some immovable creationist!<br />

CHARLES DARWIN TO C. LYELL.<br />

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