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tempo já se havia plantado e que aos poucos fora sendo regado cuidadosamente sob<br />
inúmeros interesses. As amostras com pequenas quantidades de DNA de neandertais,<br />
misturados com DNA de bactérias e colônias de fungos que se instalaram nelas ao longo do<br />
tempo, não parece ter sido a única e exclusiva ação motivadora dos envolvidos com tais<br />
pesquisas. A conclusão que se chegou, muito além das razões biológicas, foi motivada,<br />
também, pelo incansável interesse dos darwinistas em se provar algum tipo de transição<br />
evolutiva do homem e seus antecessores. Se essa especulação genética fora realmente um<br />
fato consumado, o certo é que ainda não é possível, a partir somente desse estudo,<br />
considerá-la um evento 100% indubitável. Qualquer inferência baseada em dados assim<br />
tão confusos e complexos, no mínimo, deveria vir com o tradicional uso do verbo latim<br />
suggerere (sugerir), que é bem diferente do concludere (concluir).<br />
Outra questão que intriga nesse estudo refere-se à estranha conclusão de que os<br />
subsaarianos (pertencente ao Sul do deserto do Saara, na África do Norte) não tiveram em<br />
seus genes traço algum de neandertal. É claro, já tentaram contornar o problema com mais<br />
um velho axioma “adaptativo” (vide aspas), do tipo tão comum nas conclusivas certezas<br />
dos zeladores de Darwin. Como uma forma de se evitar interpretações racistas, afirmou um<br />
deles que os poucos genes neandertales não conferem diferença funcional, mas apenas<br />
fornece uma pista para o que se passou há milhares de anos.<br />
É isso!<br />
Neandertais, a novela continua<br />
De todos os seres que compõem a imensa lista dos<br />
ancestrais humanos elencados pelos darwinistas, os Neandertais<br />
são assim um caso à parte. Nas antigas gravuras, eles eram<br />
representados com feições mais próximas às dos macacos; de<br />
alguns tempos para cá, porém, seus traços se modernizaram,<br />
assemelhando-se cada vez mais a um lorde inglês ou a um<br />
gentleman francês. Supondo que esta seja a nova tendência, não<br />
demora muito e logo os veremos à moda tupiniquim, numa<br />
dessas badaladas novelas da Globo, com Tony Ramos e Glória<br />
Pires num adocicado romance ao estilo de José de Alencar.<br />
Como parte da rotina midiática, tempos atrás duas<br />
notícias sobre os Neandertais vieram complementar esta novela<br />
sem fim. A primeira delas afirma que, ao contrário do que se<br />
pensava, os Neandertais eram capazes de inovações: "Até hoje,<br />
achava-se que os ornamentos e ferramentas usados pelos<br />
Neandertais teriam aparecido graças ao contato com a espécie<br />
que os substituiu. Mas Riel-Salvatore afirma que seu artigo, publicado em "Journal of<br />
Archaeological Method and Theory", defende outro aspecto. "[O estudo] reage à<br />
persistente ideia a respeito dos Neandertais e mostra que eles eram realmente capazes de<br />
inovar." 157<br />
A outra notícia é sobre a misteriosa extinção desses seres não menos misteriosos.<br />
Uma pesquisa recente sugere que as mudanças climáticas, depois de repetidas erupções<br />
vulcânicas, foram a causa da extinção dos Neandertais. A pesquisa comandada por Liubov<br />
Vitaliena Golovanova e Vladimir Borisovich Doronichev, do Laboratório de Pré-história em<br />
São Petersburgo, Rússia, foi publicada no periódico “Current Anthropology”: “Aventamos<br />
a hipótese de que o desaparecimento do Neandertal deu-se abruptamente (em uma escala<br />
de temo geológico) ... após a mais potente atividade vulcânica registrada no oeste da<br />
Eurásia durante o período da história evolutiva do Neandertal... Esta catástrofe não<br />
177