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ter qualquer idade, mas possuíam cor avermelhada tal como a pedregulho do local;<br />

haviam sido tingidos artificialmente tal como revelaram a análise espectrográfica e os<br />

testes químicos. Aliás, a cor dos implementos era apenas superficial, bem diferente das<br />

pedras do local que têm a mesma cor mas não apenas na superfície. Havia também,<br />

junto aos “fósseis”, um implemento feito com ossos de elefante e dotado de uma<br />

extremidade em ponta. Verificou-se que essa ponta só poderia ter sido preparada com<br />

uma moderna faca de aço; com algo de pedra, teria sido impossível. O teste do flúor<br />

revelara que o osso era realmente um fóssil, mas a análise acima referida havia<br />

mostrado que quem o havia trabalhado (com uma faca de aço) deveria ter sido um<br />

Homem moderno.<br />

O estudo sobre os restos de outros animais encontrados perto de Eoanthropus<br />

revelou que eram realmente fósseis mas tinham sido igualmente tingidos e deveriam ter<br />

sido trazidos de outro local para compor a cena da presença de Eoanthropus no mesmo<br />

Sítio. De que local? A resposta mais segura é que deveriam ter vindo de alguma coleção<br />

de fósseis estrangeiros. Finalmente, os crânios (isto é, os fragmentos deles). O primeiro<br />

parece ser um “espécime patológico” talvez obtido em algum túmulo antigo. O segundo é<br />

possivelmente um pedaço do primeiro (guardado para ser usado mais tarde). Ambos<br />

teriam sido devidamente tingidos para simular pertencerem ao local.<br />

[...]<br />

E assim termina a triste história. A descoberta da fraude se deve a três cientistas<br />

— Kenneth P. Oaley, Weiner e Sir Wilfrid Le Gros Clark." 140<br />

É isso!<br />

Pra não esquecer o Piltdown<br />

A famigerada farsa do Homem de Piltdown<br />

teve seu enlace em 1953, quando descobriram que<br />

o deslumbrante “elo” era apenas uma montagem<br />

feita a partir de uma mandíbula de um símio com<br />

partes do crânio de um homem.<br />

Tenho aqui em mãos um “fóssil literário”,<br />

uma raridade intitulada “A Gênese da<br />

Humanidade” 141 , de C. Arambourg (professor no<br />

Museu de História Natural de Paris), publicado<br />

em Língua Portuguesa no ano de 1950, pela<br />

antiga Publicações Europa-América (e na França,<br />

em 1948). Ou seja, 5 anos antes da farsa vir a público.<br />

O trecho a seguir, não obstante traga em si indícios de suspeita sobre a veracidade<br />

do fóssil, está incluso no livro com objetivo de explicar como se deu o surgimento do<br />

homem. Não deixa também de ser interessante pelos nomes envolvidos na trama,<br />

sobretudo para aqueles interessados na história da ciência:<br />

Os fósseis de Piltdown (Eoantropus dawsani)<br />

"Trata-se de diversos restos ósseos descobertos na Inglaterra, no condado de<br />

Sussex, ao norte de Newhaven, em dois pontos diferentes de uma mesma formação<br />

geológica. Numa primeira jazida encontraram-se alguns fragmentos de caixa craniana,<br />

um fragmento de mandíbula com dois pré-molares no seu lugar e um canino inferior<br />

isolado; todos estes vestígios foram sucessivamente recolhidos por C. Dawson e Smith<br />

Woodward com intervalos de meses ou anos, mas na vizinhança uns dos outros. Uma<br />

170

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