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conceito de evolução. Esses elementos comuns são, inevitavel-mente, de caráter muito<br />

geral.”<br />

Darwinianamente, isto é, da forma como fora concebida por Charles Darwin, a<br />

palavra “evolução” também mantém este mesmo sentido de “progressão contínua” ou,<br />

pleonasticamente falando: “subida para cima.” Isso ele deixa bem claro em seus livros,<br />

como, por exemplo: “Crer que o homem, em sua origem, era civilizado e que depois em<br />

tan-tas regiões sofreu uma extrema degradação, significa fazer-se uma ideia<br />

miseramente baixa da natureza. Aparentemente, é mais verdadeira e mais clara a ideia<br />

que diz que o progresso tem sido mais geral do que o retrocesso segundo o qual o<br />

ho-mem, ainda que com passos lentos e descontínuos, emergiu de uma condição baixa<br />

para um nível altíssimo, ainda conservado, na consciência, na moral, na religião.” 101<br />

É isso!<br />

Charles Darwin e o capitalismo<br />

inglês,<br />

Em seu artigo "O capitalismo é selvagem?<br />

(Ou: Por que celebrar Darwin?)" 102, Maurício<br />

Abdalla, professor de filosofia das ciências da<br />

Universidade Federal do Espírito Santo, autor<br />

de "O princípio da cooperação" (Paulus) e "Iara<br />

e a Arca da Filosofia" (Mercuryo Jovem), entre<br />

outros), traz à tona uma questão deveras<br />

intrigante: o papel da Inglaterra na elaboração dos ideais de competição da teoria<br />

darwinista. Ao discorrer sobre a construção do sistema capitalista, escreve ele: "A<br />

Inglaterra teve especial destaque na alavanca desse sistema. Não é de se admirar que as<br />

teorias relacionadas a esse tipo de atividade predatória tenham surgido exatamente<br />

naquele país." A parti daí, o professor Abdalla faz menção de alguns nomes e de suas<br />

respectivas teorias, os quais sintetizam muito bem o lema evolucionista de "sobrevivência<br />

do mais apto.”<br />

1. THOMAS HOBBES:<br />

"No século XVII, Thomas Hobbes atribuiu a dinâmica da realidade sob o<br />

capitalismo em ascensão a uma essência predatória do ser humano e afirmou que o<br />

“homem é o lobo do homem” (homo homini lupus) e que a sociedade é uma “guerra de<br />

todos contra todos” (bellum omnium contra omnes). A sistematização teórica da<br />

cosmovisão capitalista estava com suas bases lançadas. A metafísica social da era<br />

moderna estabelecia os fundamentos a partir dos quais toda a realidade seria concebida<br />

e justificada."<br />

2. ADAM SMITH:<br />

"Adam Smith transportou tal metafísica para a sistematização da teoria<br />

econômica liberal. Para ele, o interesse próprio, o egoísmo de cada indivíduo, era o que<br />

fazia a sociedade funcionar. A mão invisível do mercado era um conceito como a<br />

gravitação newtoniana, que entrava em ação quando corpos individuais se colocassem<br />

no campo de ação um do outro."<br />

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