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EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 180/243
próprio negócio da empresa. Aliás, este é um outro ponto. Tradicionalmente esta área fica muito
desligada do negócio da empresa, é uma área voltada absolutamente para seu umbigo, dentro
dela havendo muita fragmentação, dentro dela você vê a área de treinamento não sabia nada do
que o pessoal do contrato, da seleção, do recrutamento, estava fazendo. Você via uma área muito
dissociada do negócio da empresa. Você tem que estar e você tem que Ter como foco o negócio
da empresa, é ela, é esse negócio que ilumina a sua sombra.
Então teria que estimular e promover este trabalho de equipe, educação certamente passa por
esta questão. Eu acho que até o próprio processo de seleção, porque a seleção não pode estar
atrelada somente com competências cognitivas ou técnicas. Ela tem que estar atrelada a outras
competências. As outras habilidades, por exemplo, habilidades interpessoais absolutamente
necessárias em um mundo em que você pretende que as pessoas trabalhem em equipe.
O papel do que é chamado recursos humanos hoje, neste momento de transição, seria muito mais
o de consultor interno, mas um consultor competente no sentido de discutir com as diferentes
áreas da empresa o que é que se entende por gestão de pessoas. Não como um departamento
isolado, mas como uma tarefa e atribuição de todos dentro da organização. Quer dizer, este
papel de consultor interno, de estimulador à reflexão, a repensar os seus próprios papéis e suas
próprias práticas, competiria à recursos humanos.
Recrutamento: tem várias fontes, eles fazem via jornal, uma coisa que tem crescido muito é a
busca na própria universidade, isso não é uma prática, é comum nos Estados Unidos e nem
sempre foi uma prática comum entre nós, tem crescido, eles estão buscando talentos pelos
recrutamentos e eles estão buscando os talentos na universidade. Evidentemente existem aquelas
formas clássicas, existem empresas que recrutam por indicação dos próprios funcionários. Muita
gente poderia pensar que isto era um prática comum nas organizações públicas, no entanto,
existem muitas empresas do setor privado que fazem assim também. Você indica pessoas para
aqueles cargos.
A seleção: a seleção, evidentemente, eu acho que a seleção ainda é um problema, acho que ainda
é um problema, porque existe de tudo hoje, desde exames grafológicos, dinâmicas de grupo,
testes, existe de tudo, estão fazendo de tudo, efetivamente.
Preocupação com a área de RH: é manter o pessoal engajado no trabalho em um processo de alta
desmotivação.
Perspectivas de mudança: RH vai Ter que mudar, ou muda ou não sobrevive. O marketing está
entrando forte, pode ver que o marketing está pegando muitos dos conceitos de RH, então .. é
uma coisa bastante ampla que extrapola as questões próprias de um departamento pessoal.
R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/2002