resumo palavras-chave abstract key words - GVpesquisa ...
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EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 220/243<br />
funções, como seleção e treinamento. A terceirização já se faz mais presente. O recrutamento<br />
interno aparece como uma das mais fortes fontes de recrutamento. O treinamento também se<br />
apresenta como bem mais expressivo que nas pesquisas anteriores. Estas duas tendências juntas,<br />
sugerem um investimento maior na manutenção e no desenvolvimento de um quadro de pessoas.<br />
A administração de carreiras mostra uma preocupação e uma abertura para o ambiente externo.<br />
O índice de empresas que adotam programas de planejamento estratégico também evoluiu. Em<br />
90% das empresas visitadas, a área de RH participa do planejamento estratégico, sendo sua<br />
participação bastante significativa tanto no fornecimento de informações (76%), como na<br />
execução dos programas (71%), mas sendo menor a atuação no processo de planejamento<br />
propriamente dito (56%). Estes números parecem indicar que, apesar de já estar mais perto da<br />
alta direção, de já ter mais responsabilidade pelos processos decisórios, pelas políticas e sua<br />
implantação, a ARH parece ter um papel ainda mais de seguidor e adaptador dos recursos<br />
humanos às políticas, do que propriamente um interventor ou criador conjunto de estratégia<br />
organizacional.<br />
Em suma, a pesquisa realizada mostra realmente uma evolução na ARH como estratégica. A<br />
abordagem estratégica pode não estar totalmente implementada, mas pode-se perceber que a<br />
maioria das empresas já mudou uma ou outra atividade, numa tentativa de se modernizar a<br />
administração de pessoas. A tendência de se tentar manter e treinar mais os empregados se<br />
contrapõe à ênfase em redução de custos apontada para os primeiros anos da década. A fase<br />
mais aguda dos cortes e downsizings provavelmente já foi efetuada, ficando a percepção de que,<br />
agora, é preciso fazer mais com menos gente. Mas, e a ARH como vantagem competitiva,<br />
tendência apontada pela literatura, será que já está ganhando terreno nas empresas brasileiras<br />
Para tentar verificar se há alguma tendência neste sentido, analisou-se as respostas dadas às duas<br />
questões abertas dos questionários. Relembrando, na primeira, perguntou-se quais eram as<br />
maiores preocupações da área de RH no momento; na segunda, foi perguntado quais eram as<br />
perspectivas de mudança relacionadas à área.<br />
Para a primeira pergunta, as principais preocupações informadas referiam-se às atividades<br />
típicas de RH, como treinamento, desenvolvimento, recrutamento, motivação, remuneração,<br />
benefícios, etc. A maior parte das respostas, (39%), entretanto, salientava um aspecto mais<br />
preponderante ou mais problemático, sugerindo que a implantação das políticas ou atividades<br />
não se deu de forma integrada, de acordo com um planejamento para gestão de pessoas, ou da<br />
construção de uma visão da relação que se quer entre a empresa e o empregado. As mudanças<br />
também foram apontadas como preocupações por 15% dos entrevistados. É interessante notar<br />
que se reconhece a necessidade de mudança, mas as mudanças apontadas como necessárias são,<br />
em sua maior parte, ligadas às atividades de RH mencionadas como as maiores preocupações,<br />
ou seja, atividades que podem ser agrupadas como atividades tradicionais da área. As<br />
preocupações estratégicas vêm a seguir, juntamente com as preocupações de ordem operacional<br />
R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/2002