resumo palavras-chave abstract key words - GVpesquisa ...
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EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 195/243<br />
Conforme apresenta Almeida, Teixeira e Martinelli (1993), a prática de gestão de RH no Brasil<br />
passou por 4 grandes períodos, a saber:<br />
• Antes de 1930 - fase pré-trabalhista - inexistência de funções específicas<br />
• Décadas de 30 a 50 - fase burocrática - departamento de pessoal (questões trabalhistas e<br />
exigências legais)<br />
• Décadas de 50 e 60 - tecnicista - implementação de alguns setores de RH, com preocupações<br />
com a eficiência<br />
• Décadas de 70, 80 e 90 - sistêmica - surgimento da gerência de RH, heterogeneidade 1 .<br />
A partir da década de 90 já há uma preocupação com o caráter estratégico da área. Ou seja, é<br />
possível observar uma transformação em curso nas funções e nos objetivos da administração dos<br />
recursos humanos.<br />
Escolheu-se o trabalho de Ulrich (1998), como exemplo para expressar de modo claro esta nova<br />
visão: “Se uma empresa coletasse esses dados diversas vezes durante os últimos 20 anos, por<br />
exemplo, a evolução de seus papéis de RH teria sido evidente e muito provavelmente mostraria<br />
a passagem de um foco em papéis operacionais para um foco em papéis estratégicos.” (grifo<br />
nosso). A publicação original do livro de Ulrich é de 1997. Ulrich propõe, em conjunto com Jill<br />
Conner, uma “Pesquisa de avaliação dos papéis em recursos humanos”, um questionário que<br />
permite explorar os diferentes papéis que podem ser desempenhados pela ARH nas empresas. O<br />
objetivo do questionário é pontuar qualitativamente se a ARH da empresa está colocada como<br />
parte de uma “parceria estratégica”, como “agente de mudança” ou como uma área “especialista<br />
administrativo” ou somente como “defensor dos funcionários”.<br />
Assim, se de um lado, o autor argumenta que a transformação de operacional para estratégico já<br />
ocorreu, de outro, ele propõe que cada um, ao ler o livro, faça uma avaliação da empresa que<br />
está, ou seja, fica evidente que não é possível uma afirmação mais generalizada do modo de<br />
gestão de recursos humanos nas empresas. Há aqui uma indicação clara da distância entre o<br />
discurso e a prática da gestão.<br />
No cenário nacional temos publicações que apontam para a mesma direção, por exemplo:<br />
Administrando Pessoas, de Fernando Antonio da Silva (1996) onde a palavra pessoa, observase,<br />
entra como um substituto mais leve e arejado para a expressão recurso. Com a necessidade<br />
de mudanças organizacionais na direção de estratégias mais competitivas, as empresas passaram<br />
pelos movimentos da qualidade, da reengenharia, do empowerment, processos que pedem de<br />
modo mais direto o envolvimento tanto das pessoas quanto da área de recursos humanos.<br />
1 Cabe salientar que essa heterogeneidade implica na existência de empresas com características de todas as etapas<br />
anteriores.<br />
R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/2002