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resumo palavras-chave abstract key words - GVpesquisa ...

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EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 228/243<br />

Ulrich (1997) retrata, com bastante propriedade, os dilemas decorrentes deste novo panorama e<br />

que envolvem a administração de recursos humanos atualmente. Entre os papéis a desempenhar,<br />

o autor cita temas polêmicos que devem ser repensados:<br />

- RH deve ter papel administrativo ou estratégico: quando RH se dedica apenas a papéis<br />

estratégicos, quem vai desempenhar as funções administrativas Será a terceirização a<br />

solução adequada, ou vai acarretar ainda mais problemas na operacionalização destas<br />

tarefas<br />

- RH deve ser estruturado como um departamento Muda ou desaparece, terceirizando todas<br />

as funções O autor lembra inúmeros casos onde parcerias acabam saindo mais onerosas e<br />

menos efetivas que o trabalho feito anteriormente por empregados da empresa;<br />

- RH deve fazer o trabalho ou delegar aos gerentes Quem faz o quê O autor argumenta que<br />

muitos gerentes não querem fazer o trabalho tipicamente de RH, pois consome muito tempo,<br />

que deveria ser dedicado a outras questões;<br />

- Quais seriam as metáforas apropriadas para RH: líderes, arquitetos, parceiros,<br />

jogadores...Não é clara a identidade que RH deve ter e, provavelmente, muitos papéis serão<br />

desempenhados.<br />

Fisher (1998) defende que, se a estratégia é a diferenciação e a obtenção de vantagem<br />

competitiva, cabe à gestão de RH garantir que as pessoas sejam também fonte de vantagem<br />

competitiva. As empresas precisam buscar formas novas e criativas de gestão; à Administração<br />

de Recursos Humanos (ARH) cabe transmitir as estratégias às pessoas e transformá-las em<br />

agentes de competitividade. O autor ressalta que a formação e manutenção do capital intelectual<br />

da empresa é, talvez, a “ ...mais importante função de RH” (Fisher, 1998, p. 120) e que, para<br />

tanto, é necessário haver um programa estruturado para estimular o auto-desenvolvimento.<br />

Outras tendências prioritárias que compõem um modelo de gestão competitivo são as funções de<br />

RH coerentes com estratégias de negócio da empresa, estratégia de gestão de pessoas clara e<br />

definida e funções/processos de RH integrados a outros programas como qualidade,<br />

produtividade, organização do trabalho, etc.<br />

Fisher (1998) faz uma análise retrospectiva da gestão de pessoas no Brasil, destacando as<br />

profundas transformações no cenário econômico a partir dos anos 90 que irão afetar diretamente<br />

o padrão de competitividade das empresas brasileiras. Nos anos anteriores, o foco das<br />

preocupações era a área financeira, dada a necessidade de convivência com as altas taxas de<br />

inflação e os inúmeros planos e choques econômicos, produzindo empresas “inchadas”, com<br />

pouco controle sobre custos, desperdícios e até mesmo sobre a eficiência da produção. Portanto,<br />

nos primeiros anos da década de 90, observa o autor, as estratégias adotadas pelas empresas<br />

para enfrentar os novos cenários, eram tipicamente reativo-defensivas, concentradas no<br />

enxugamento e redução de custos. A partir de 95, em decorrência do plano de estabilização<br />

promovido pelo governo brasileiro, as empresas começam a adotar programas, técnicas e<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/2002

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