resumo palavras-chave abstract key words - GVpesquisa ...
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EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 19/243<br />
Torrington (1999) sugere que as duas abordagens – administração de pessoal e ARH<br />
- são, na verdade, complementares e que podem ser utilizadas simultaneamente. O<br />
autor defende que a administração de pessoal é direcionada aos empregados da<br />
empresa – recrutamento, seleção, treinamento, avaliação, e assim por diante – e tem<br />
como prioridade avaliar e gerenciar suas atitudes, interesse e respostas, uma vez que<br />
constituem fatores essenciais para a efetividade organizacional. Nesse sentido, o seu<br />
foco é a oferta de trabalho. A ARH, por sua vez, parte da necessidade da empresa<br />
por recursos humanos, tendo por foco, portanto, a demanda por trabalho, que pode<br />
ser preenchida tanto por empregados, como por subcontratados, consultores,<br />
temporários e agências, entre outros. A ênfase é colocada na estratégia e no<br />
planejamento e a cooperação é conseguida por meio de programas de mudança e<br />
fortalecimento da cultura, pacotes de remuneração, trabalho em equipes e<br />
desenvolvimento para os empregados do núcleo. Os conceitos de núcleo e periferia<br />
(em relação aos empregados) se tornam centrais à ARH.<br />
Storey (2001) comenta o grau de variabilidade, ambigüidade, imprecisão e<br />
contradição que o termo traz, o que aumenta o debate em torno do conceito em si e<br />
das idéias que contém. Muito da confusão se origina da utilização do termo HRM<br />
para (a) designar abordagens genéricas, que englobam todas as iniciativas, políticas<br />
e práticas relacionadas à relação empregado-organização ou (b) designar uma<br />
abordagem específica, com políticas e práticas recomendadas. O autor mostra que<br />
há indicações de que muitas das práticas de RH vêm sendo adotadas pelas<br />
organizações (embora possam receber outros nomes, como campanha de mudança<br />
da cultura, redesenho de sistemas de produção, reestruturação organizacional, Tc),<br />
até mesmo no Reino Unido (principalmente as empresas do setor público), onde a<br />
abordagem foi recebida com maior ceticismo pelos acadêmicos (Guest, 1987; Guest,<br />
1990; Legge, 1995). Guest (1990) entende que a ARH é apenas uma das possíveis<br />
abordagens para a administração estratégica de pessoas, uma vez que, dados os<br />
objetivos ou as condições de mercado e de produto da organização, a gestão de<br />
pessoas pode adotar modelos como o tradicional/conservador, centrado na eficiência<br />
administrativa e minimização de custos, ou um modelo taylorista apoiado por<br />
R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/2002