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resumo palavras-chave abstract key words - GVpesquisa ...

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EAESP/FGV/NPP - NÚCLEO DE PESQUISAS E PUBLICAÇÕES 222/243<br />

ocorrer em um futuro próximo pois, apesar de já terem mudado bastante, consideram que<br />

ainda há muito o que fazer;<br />

- o terceiro grupo, 53% da amostra, demonstra estar em fase de transição entre os dois<br />

estágios mencionados acima. As empresas que compõem este grupo são, na maioria,<br />

grandes, mas há também algumas com menos de 500 funcionários. O que mais chama a<br />

atenção nas entrevistas deste grupo é que todos estão sintonizados com a necessidade de<br />

fazer mudanças. Entretanto, as mudanças que já foram introduzidas, não foram suficientes<br />

para provocar grandes impactos, ficando a sensação de falta de uma programação para a<br />

mudança ou a falta de uma visão de onde se pretende chegar. Exemplo disto são empresas<br />

que implantaram programas de treinamento não atrelados à uma perspectiva de mais longo<br />

prazo; há políticas estruturadas para uma área e não há para outras; os responsáveis pela área<br />

consideram que RH precisa participar mais do planejamento e do processo decisório, que<br />

ainda precisa se consolidar mais; alguns reconhecem, ainda que, da parte da alta direção, a<br />

vontade de mudar é apenas parcial. São empresas que já passaram por reestruturações, em<br />

sua maioria, mas demonstram ter muitos problemas com motivação de pessoas, revelando<br />

uma falta de política integrada para se efetuar mudanças.<br />

Os três grupos identificados podem ser associados às abordagens mencionadas por Fisher<br />

(1998), citadas anteriormente. O primeiro grupo ainda está na fase operacional da ARH, onde as<br />

preocupações são, principalmente, com redução de custos e sobrevivência, merecendo atenção,<br />

portanto, os problemas legais, que devem ser contornados para não complicar ainda mais a<br />

situação destas empresas. É um grupo composto por profissionais que reconhecem a necessidade<br />

de mudar, mas que não consegue se fazer ouvir, dada a premência da situação financeira da<br />

empresa. Alguns mostram-se mesmo bastante proativos, lutando por mais treinamento, na<br />

medida em que conseguem associar treinamento a maior produtividade, mas são ações isoladas,<br />

sem perspectivas de continuidade ou evolução.<br />

O terceiro grupo parece estar mais relacionado à abordagem de RH como estratégico, notandose<br />

vários estágios de desenvolvimento das áreas dentro do grupo. As empresas reconhecem a<br />

necessidade de se investir mais em RH, mas os processos tomam as mais variadas formas,<br />

demonstrando, em geral, uma grande dose de confusão na adoção conceitos e na aplicabilidade<br />

dos mesmos. A sensação que fica é que há uma noção clara da necessidade de se “ter e ser RH”,<br />

mas que o significado disto ainda está sendo trabalhado dentro de cada empresa. Algumas, por<br />

exemplo, procuram melhorar processos apenas para a obtenção de certificados ISO; em outros<br />

casos, a referência é a “precisamos implantar esse RH todo”, sendo a razão principal apenas<br />

porque “está todo mundo fazendo”; ainda outros dizem que “tem que ser estratégico”, sem<br />

entender bem o que está por trás dos conceitos. Estas falas retratam uma falta da visão a que se<br />

referem Devana, Fombrun e Tichy (1984), o que torna a ação fragmentada e os processos,<br />

desintegrados e demorados, nem sempre atingindo os objetivos a que se propunham. Pode-se<br />

dizer que uma parte destas empresas ainda está na fase reativo-defensiva descrita por Fisher<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 1/2002

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